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VACINA

Resultados de eficácia da Coronavac saem no início de dezembro, diz governo de SP

Em fase final, testes da vacina atingem número mínimo de infectados entre voluntários que torna possível análise de resultados

23 novembro 2020 - 13h00
Frascos e caixas da vacina Coronavac, da Sinovac Biotech
Frascos e caixas da vacina Coronavac, da Sinovac Biotech - ( Foto: Estadão/Nicolas Bock/Bloomberg )

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 23, que os testes clínicos da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, entraram em sua fase final e atingiram o número mínimo de infecções entre os voluntários necessários para a análise de eficácia do produto. A avaliação já começou e deve ter seus resultados divulgados no início de dezembro.

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"Esse número mínimo de 61 (infecções no grupo de voluntários) aconteceu na semana passada, nós autorizamos a abertura (do cegamento) desse estudo clinico (para saber quantas infecções ocorreram no grupo vacinado e no grupo placebo). Já estamos com 74 casos. A análise dos casos já se iniciou e, portanto, rapidamente, na primeira semana de dezembro, teremos o resultado dessas análises, que serão remetidas ao comitê internacional controlador do estudo, que deverá validar esses resultados e aí produzir o relatorio que será encaminhado à nossa Anvisa e ao órgão equivalente à Anvisa da China", explicou Dimas Covas, diretor do Butantã.

"A expectativa é que, no mês de janeiro próximo, a Anvisa tenha aprovado a Coronavac, e o Instituto Butantã terá a possibilidade de vacinar brasileiros. A celeridade no processo vai permitir que a vacina Coronavac seja a primeira vacina disponível para a nossa população", disse o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn.

A Coronavac já havia demonstrado, em outubro, segurança em estudos feitos com voluntários na China e em 6 mil participantes brasileiros.

Também nesta segunda, o laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram que a vacina contra a covid-19 que estão desenvolvendo alcançou eficácia de 90% em um dos esquemas vacinais testados na pesquisa.

Na semana passada, a farmacêutica americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech anunciaram que a análise final de seu imunizante demonstrou eficácia de 95%. As empresas submeteram na sexta-feira à FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, o pedido de autorização para uso emergencial do produto. O órgão marcou para 10 de dezembro a reunião que decidirá sobre o aval.

Também na última semana, a biofarmacêutica Moderna anunciou que a análise interina dos dados dos testes da sua vacina apontou eficácia de 94% na proteção contra a infecção pelo coronavírus.

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