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PREMIADA

Pesquisadores brasileiros recebem prêmio internacional por vacina contra dependência em cocaína

A pesquisa da Calixcoca obteve a maior quantidade de votos de médicos de 17 países, superando outras 11 inovações na área da saúde desenvolvidas na América Latina

22 outubro 2023 - 09h11Da redação
Calixcoca, vacina com propósito de combater a dependência à cocaína e ao crack.
Calixcoca, vacina com propósito de combater a dependência à cocaína e ao crack. - (Foto: Divulgação)
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Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) receberam o Prêmio Euro Inovação na Saúde pela criação da Calixcoca, uma vacina destinada a combater a dependência à cocaína e ao crack. A cerimônia de premiação da segunda edição desse prestigioso prêmio ocorreu na noite de quarta-feira (18) em São Paulo, onde a equipe da UFMG foi agraciada com um prêmio de 500 mil euros, equivalente a cerca de R$ 2,6 milhões.

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A iniciativa foi reconhecida e promovida pela multinacional farmacêutica Eurofarma, com operações em mais de 20 países. A pesquisa da Calixcoca obteve a maior quantidade de votos de médicos de 17 países, superando outras 11 inovações na área da saúde desenvolvidas na América Latina.

O projeto se destaca por desenvolver um medicamento capaz de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos que se ligam à cocaína presente na corrente sanguínea. Esse processo converte a droga em uma molécula de tamanho considerável, impossibilitando sua penetração na barreira hematoencefálica.

Os estágios iniciais da pesquisa já foram realizados com sucesso, demonstrando segurança e eficácia tanto no tratamento da dependência às drogas quanto na prevenção de complicações obstétricas e fetais associadas à exposição às substâncias durante a gestação, em experimentos com animais.

O professor Frederico Garcia, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFMG, destacou a importância desse avanço, ressaltando que a dependência é uma questão complexa que afeta não apenas o indivíduo, mas também suas famílias. Ele observou que a vacina não deve ser vista como uma solução universal para todos os casos de transtorno por uso de cocaína, enfatizando a necessidade de avaliações científicas precisas para determinar sua eficácia em contextos específicos.

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