
A implantação da Política Estadual de Financiamento Hospitalar (Pehosp) marcou, em 2025, uma transformação no modelo de repasses aos hospitais da rede SUS em Mato Grosso do Sul. Com um investimento previsto de R$ 198,5 milhões por ano, a nova política combina previsibilidade financeira e reconhecimento da produção assistencial, criando um ciclo mais estável para o setor hospitalar a partir de 2026.
O novo formato possui duas modalidades de financiamento:
- Fixo, destinado à manutenção dos serviços essenciais, como pronto-atendimento 24h, cirurgias, partos, leitos clínicos e UTIs;
- Variável, atrelada à produção registrada oficialmente por cada hospital no sistema do SUS.
A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, destacou que a política permitiu investimentos estruturais, como ampliações, compra de equipamentos e novos blocos hospitalares. “A Pehosp já se consolida como uma das principais políticas estruturantes da Nova Arquitetura da Saúde”, afirmou.
A política também reorganiza o papel das unidades nas Redes de Atenção à Saúde (RAS), distribuindo funções entre hospitais locais, de apoio e regionais, conforme o porte, perfil assistencial e capacidade operacional.
Segundo a superintendente de Atenção Hospitalar da SES, Angélica Congro, 64 das 65 unidades aptas aderiram formalmente à Pehosp, consolidando a transição para um modelo mais racional e transparente.
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, lembrou que a Pehosp foi construída com ampla participação de prefeituras, gestores municipais, dirigentes hospitalares e o Conselho Estadual de Saúde, passando por espaços como a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e a Assembleia Legislativa.
“A nova política hospitalar foi amplamente discutida e construída de forma conjunta. Esse processo de construção participativa assegurou que a política seja sólida, realista e capaz de fortalecer o SUS em todo o Mato Grosso do Sul”, concluiu Simões.

