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SAÚDE

Padilha critica sanção dos EUA e chama Trump de 'inimigo da saúde'

Ministro da Saúde repudia decisão que revogou vistos de dois brasileiros ligados ao Mais Médicos e defende programa como essencial para salvar vida

14 agosto 2025 - 16h45
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha - (Foto: Wilton Junior/Estadão)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou como “absurda” a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar os vistos de dois brasileiros ligados ao programa Mais Médicos. A declaração foi feita nesta quinta-feira (14), durante a inauguração de uma nova etapa da fábrica de hemoderivados da Hemobrás, em Pernambuco.

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Sem citar meias palavras, Padilha se referiu ao presidente norte-americano Donald Trump como “inimigo da saúde”, acusando-o de promover ataques constantes à área, desde cortes em programas de vacinas até a retirada de recursos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o ministro, a gestão Trump estimulou “perseguição” a pesquisadores de vacinas nos EUA, o que tem levado profissionais a buscar oportunidades no Brasil, em instituições como a Hemobrás e a Fiocruz.

O episódio mais recente, afirmou Padilha, foi a sanção anunciada na quarta-feira (13), que atingiu o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales, e o ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, Alberto Kleiman. Ambos, segundo o governo norte-americano, teriam colaborado com “trabalho forçado” de médicos cubanos durante a execução do Mais Médicos — acusação que o ministro rejeita.

Padilha defendeu publicamente os dois profissionais, destacando que o programa hoje conta com mais de 28 mil médicos, sendo mais de 95% brasileiros, e que continua garantindo atendimento em regiões carentes.

Mozart Sales, por sua vez, também se manifestou. Nas redes sociais, afirmou que o Mais Médicos foi decisivo para ampliar o acesso à atenção básica e que a parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) permitiu levar atendimento a comunidades onde antes não havia médicos. “Graças a essa iniciativa, diminuímos dores, sofrimentos e mortes”, escreveu.

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