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SAÚDE PÚBLICA

RS confirma primeiro caso de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica

Paciente de 42 anos apresentou sintomas após ingerir caipirinhas de vodca em São Paulo; estado está em alerta

8 outubro 2025 - 16h05Rayanderson Guerra
Homem de 42 anos que mora em Porto Alegre relatou ter consumido destilado em São Paulo
Homem de 42 anos que mora em Porto Alegre relatou ter consumido destilado em São Paulo - Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SES) confirmou nesta quarta-feira, 8, o primeiro caso de intoxicação por metanol no Estado, relacionado ao consumo de bebida alcoólica adulterada. O paciente é um homem de 42 anos, morador de Porto Alegre, que relatou ter ingerido caipirinhas de vodca em São Paulo, no último dia 26 de setembro.

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O caso acende um sinal de alerta nas autoridades sanitárias gaúchas, que já monitoram o avanço do uso ilegal de metanol, substância tóxica frequentemente utilizada na adulteração de destilados.

Segundo a SES, o homem começou a apresentar sintomas entre 12 e 24 horas após o consumo da bebida: febre, dor abdominal, dor de cabeça, além de visão turva e alteração na percepção de cores. Ele foi atendido na emergência do Hospital São Lucas da PUC-RS no dia 30 de setembro, recebeu tratamento e foi liberado. Atualmente, o paciente segue sendo acompanhado pela vigilância em saúde de Porto Alegre.

A confirmação da intoxicação ocorreu após análise laboratorial de amostra de sangue, feita por um laboratório privado que presta serviços ao hospital. O resultado positivo para metanol foi liberado na madrugada desta quarta-feira.

Sintomas e definição de caso suspeito - A definição de caso suspeito de intoxicação por metanol inclui pacientes que tenham ingerido bebidas alcoólicas e, entre 6 e 72 horas após o consumo, apresentem persistência ou agravamento de sintomas compatíveis com embriaguez — como desconforto gástrico, náuseas, gastrite — além de problemas visuais como visão borrada, escotomas (pontos cegos) e perda da acuidade visual.

A recomendação oficial é que os serviços de saúde notifiquem imediatamente os casos suspeitos ao Centro de Informação Toxicológica (CIT) e à vigilância municipal de saúde, que deve iniciar a investigação.

Fiscalização e investigação - Quando notificada, a vigilância sanitária aciona a Brigada Militar, responsável por comparecer à unidade de saúde e coletar mais informações sobre a origem da bebida. A localização e apreensão de possíveis produtos contaminados, especialmente em casos que envolvam locais de produção clandestina ou estabelecimentos comerciais, serão conduzidas em parceria com as forças de segurança, a vigilância sanitária local e a Secretaria da Agricultura.

As autoridades orientam a população a evitar o consumo de bebidas de origem duvidosa e a denunciar possíveis locais de produção ou venda irregular de destilados.

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