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16 de dezembro de 2025 - 19h20
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ALERTA SANITÁRIO

OMS adverte sobre lotes falsificados de medicamento para câncer de mama

Falsificações do fármaco Ibrance, que pode custar mais de R$ 10 mil no Brasil, foram identificadas sem qualquer princípio ativo; confira os lotes suspeitos.

16 dezembro 2025 - 17h00Andreza de Oliveira
Lotes falsificados do Ibrance foram identificados em farmácias e sites internacionais; medicamento é vital para pacientes com câncer avançado.
Lotes falsificados do Ibrance foram identificados em farmácias e sites internacionais; medicamento é vital para pacientes com câncer avançado. - Foto: Bits and Splits/Adobe Stock
Terça da Carne

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global nesta terça-feira (16) sobre a circulação de versões falsificadas do palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance. O medicamento é uma terapia de alto custo essencial para o tratamento de câncer de mama em estágio avançado e tem sido alvo de redes de falsificação que operam em farmácias físicas e plataformas online.

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Falsificação sofisticada e alto risco - De acordo com a organização, nove lotes irregulares foram detectados em países da África, Europa e Mediterrâneo Oriental. Análises laboratoriais realizadas pela Pfizer, fabricante do remédio, revelaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo. Na prática, as cápsulas são inertes, o que pode levar à progressão acelerada da doença e ao aumento do risco de morte pela ausência de efeito terapêutico.

No Brasil, o Ibrance é um medicamento de acesso restrito devido ao seu valor elevado: conforme a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem pode chegar a R$ 10.182.

Como identificar os lotes - A OMS identificou que alguns falsificadores utilizam números de lotes legítimos, mas com discrepâncias na serialização, na qualidade da impressão das cápsulas e nas embalagens. Confira a lista dos lotes afetados:

  • Confirmados como falsificados: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.
  • Suspeitos (sob investigação): GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

Recomendações aos pacientes e profissionais

A orientação é que pacientes e profissionais de saúde redobrem a atenção ao adquirir o fármaco. Caso haja suspeita de irregularidade, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos na embalagem, a autoridade regulatória nacional (Anvisa, no caso do Brasil) e a própria OMS devem ser notificadas imediatamente.

A organização reforça que o consumo de medicamentos fora do canal oficial de distribuição — especialmente em sites não autorizados — representa um risco severo à integridade do tratamento oncológico.

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