
A terapia com o medicamento Ibogaína, obtido a partir da raiz africana Tabernanthe Iboga, encontrada no Congo e Gabão, tem se mostrado altamente eficaz na recuperação de pacientes com vícios em cigarro, álcool, cocaína, crack e outras drogas segundo uma pesquisa conduzida pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicada no conceituado periódico inglês The Journal of Psychopharmacology.

Liderado pelo psiquiatra Dartiu Xavier, o estudo científico, realizado entre 2005 e 2013 com 75 pacientes, revelou que a planta é capaz de interromper a dependência química em até 72% dos casos. Os tratamentos tradicionais, de acordo com o especialista em Clínica Médica e idealizador da pesquisa Bruno Chaves, alcançam resultados semelhantes em apenas 5% a 10% dos casos e têm duração em média de 9 meses de internação. O tratamento com Ibogaína, por sua vez, é realizado na própria clínica terapêutica em um período de cinco dias, seguido por acompanhamento psicoterapêutico de três meses.
A inibição da compulsão dos vícios é propiciada ao paciente por sua ação direta na regeneração das áreas neuronais afetadas por meio da regularização da produção de hormônios anteriormente liberados apenas com o consumo das substâncias químicas. Logo, a reestruturação neuronal é restabelecida com a produção contínua da dopamina e serotonina recuperando, desta forma, a capacidade do indivíduo de sentir prazer sem os estímulos causados pelas químicas.
O êxito no tratamento tem sido frequente desde que foi implantado na Capital pela clínica Soul Livre em abril de 2015, onde mais de 60 pacientes foram tratados. O empresário Luciano Junqueira, de 44 anos, é um deles. Usuário de drogas desde os 27 anos, ele está sóbrio há mais de 5 meses.
“Fui surrado dez anos pelas drogas. Nunca acreditei na internação e aconteceu uma coisa que achei que não aconteceria, não sei explicar. Tudo o que a minha cabeça achava que não era correto limpou: cigarro, bebida, crack e maconha. Não imaginei que uma planta poderia dar um verdadeiro reset (reiniciação) no meu cérebro, fazendo com que eu não sentisse mais vontade de usar drogas, me deu a força que eu não tinha para começar uma vida nova”, concluiu.
O autônomo Rafael Reis, de 29 anos, é outro caso de sucesso. Já consumiu todo tipo de drogas e bebia álcool frequentemente e havia sido internado várias vezes, mas quando voltava para casa sentia muita vontade de fumar e beber. “Estou livre graças ao tratamento com a Iboga. Resolvi fazer como última tentativa. Vale a pena tentar porque tem 80% de chance de cura”, disse.
Serviço - Para saber mais sobre o Soul Livre Centro Terapêutico, acesse: www.soullivreterapia.com.br
