
O Mato Grosso do Sul permanece em alerta para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), mas o cenário pode melhorar nos próximos meses. Segundo o boletim InfoGripe, da Fiocruz, há 95% de chance de queda a longo prazo no número de registros da doença no Estado.

De janeiro até meados de agosto, foram contabilizados 7.611 casos e 643 mortes — uma média de quase três óbitos por dia. O vírus sincicial respiratório foi o agente mais identificado, seguido pelo rinovírus (29,5%) e pelo influenza A H1N1 (14,3%).
Campo Grande em nível de segurança - A capital, Campo Grande, apresenta uma situação menos preocupante. Classificada em nível de segurança, também aponta tendência de redução nos casos. Desde o início do ano, foram 2.488 registros e 202 mortes.
A taxa de incidência na cidade é de 277,1%, com letalidade de 8,1%, números que indicam maior controle em relação ao cenário estadual.
Panorama nacional - O estudo da Fiocruz, que considerou as seis semanas até 16 de agosto, mostra que nenhum dos 27 estados brasileiros apresenta tendência de crescimento da SRAG. No entanto, 18 estados seguem em níveis de alerta, risco ou alto risco, entre eles: Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Apesar do quadro de atenção, os dados nacionais indicam queda nos casos associados ao vírus sincicial respiratório e à influenza A, principais agentes responsáveis pela síndrome. A única exceção é o Amazonas, que registrou aumento de casos em crianças de até dois anos.
Orientação da Fiocruz - A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforça a importância da prevenção, especialmente entre crianças e adolescentes.
“Em relação às crianças e adolescentes, se apresentarem sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é que fiquem em casa e evitem ir à escola, reduzindo a transmissão dos vírus respiratórios”, destacou.
Quadro geral no Brasil - Em todo o país, foram registrados 159.663 casos de SRAG até agosto. Os principais agentes causadores foram:
- Vírus sincicial respiratório: 45,5%
- Influenza A: 25%
- Rinovírus: 24,6%
- Sars-CoV-2 (Covid-19): 7%
Segundo o InfoGripe, a tendência nacional é de queda a longo prazo, mas com oscilações e estabilidade no curto prazo, o que exige manutenção de cuidados básicos de prevenção e monitoramento constante.
