O avanço das arboviroses em Mato Grosso do Sul segue em ritmo preocupante em 2025. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado nesta terça-feira (4), já são 8.272 casos confirmados de dengue no estado e 18 mortes causadas pela doença. Outros sete óbitos ainda estão em investigação. A Chikungunya também preocupa: são 7.525 casos confirmados e 16 mortes registradas neste ano.
Ao todo, MS soma 13.534 casos prováveis de dengue e 13.695 casos prováveis de Chikungunya, segundo o boletim da 44ª semana epidemiológica. A SES reforça o alerta para que a população adote medidas preventivas, evite a automedicação e procure atendimento médico ao apresentar sintomas.
Municípios com mortes confirmadas - As mortes por dengue foram registradas nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. Em sete desses casos, as vítimas apresentavam comorbidades, o que pode ter contribuído para o agravamento do quadro.
Já as mortes por Chikungunya ocorreram em Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados, Maracaju e Iguatemi. Entre os 16 óbitos, 12 envolviam pessoas com outras doenças preexistentes.
Nos últimos 14 dias, os municípios de Caracol, Bonito e Dourados apresentaram baixa incidência de novos casos de dengue.
Vacinação avança entre adolescentes - Com o objetivo de reduzir a gravidade dos casos, o Governo de Mato Grosso do Sul segue com a campanha de vacinação contra a dengue. Segundo o boletim, 188.875 doses do imunizante já foram aplicadas. O estado recebeu um total de 241.030 doses do Ministério da Saúde.
A vacina é destinada a crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias — público que concentra o maior número de hospitalizações por dengue dentro da faixa etária de 6 a 16 anos.
O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A SES reforça a importância de completar o ciclo vacinal para garantir a proteção.
Atenção aos sintomas - A SES recomenda que, ao menor sinal de febre alta, dor no corpo, dor nas articulações, manchas na pele ou mal-estar geral, a população procure imediatamente uma unidade de saúde. Evitar a automedicação é fundamental, já que o uso inadequado de medicamentos pode agravar o quadro clínico.
Os sintomas da dengue e da Chikungunya são semelhantes, o que torna essencial o diagnóstico clínico e laboratorial para um tratamento seguro e eficaz.
Prevenção ainda é o melhor caminho - Além da vacinação, o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças, continua sendo uma das principais estratégias para evitar novos casos. A orientação das autoridades de saúde é eliminar focos de água parada, manter caixas d’água fechadas, limpar calhas e vasos de plantas, entre outras medidas simples que podem evitar a proliferação do vetor.
O monitoramento da situação pelas autoridades estaduais segue sendo feito semanalmente, e novas ações de mobilização devem ser realizadas nos municípios com maior incidência.
