
O Governo de Mato Grosso do Sul publicou, nesta terça-feira (22), no Diário Oficial do Estado, duas resoluções da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Elas aprovam planos de contingência voltados para enfrentar desastres causados por chuvas intensas, estiagem e incêndios florestais. O objetivo das resoluções é criar uma resposta rápida e coordenada em situações emergenciais que afetem a saúde pública, com base na abordagem de Saúde Única.

A coordenadora de Saúde Única da SES, Danila Frias, enfatizou a importância de integrar as ações de saúde humana, animal e ambiental, especialmente em situações de calamidade. "Com a elaboração desses planos, conseguimos fortalecer a atuação conjunta, antecipando riscos e melhorando a capacidade de resposta. A Saúde Única visa proteger de forma integrada as pessoas, os animais e o meio ambiente", destacou.
A estratégia de Saúde Única, segundo a coordenadora, garante que as autoridades de saúde possam agir de maneira mais coordenada e eficaz, minimizando os impactos e protegendo vidas em situações de emergência, como enchentes, incêndios florestais e surtos de doenças.
O programa Vigidesastres, vinculado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica, também tem um papel central no fortalecimento da resposta aos desastres. Paula Cannazzaro, gerente do programa, explicou que o Vigidesastres visa reduzir os impactos dos desastres na saúde pública. "Nosso foco é mitigar os riscos à saúde, seja durante períodos de chuvas intensas, que podem gerar doenças como leptospirose, ou em situações de estiagem e incêndios, que podem agravar problemas respiratórios e dermatológicos", afirmou Paula.
O plano de contingência para chuvas intensas determina ações específicas tanto em situações de emergência quanto em crises. Entre as medidas destacadas estão a implantação do Comitê de Operação de Emergência (COE), o reforço na vigilância sanitária e epidemiológica, além da solicitação de medicamentos ao Ministério da Saúde quando necessário.
Em situações de crise, o plano prevê o apoio aos municípios afetados, com monitoramento de doenças relacionadas à água, como leptospirose, e a reabilitação de unidades de saúde danificadas pelas enchentes.
Já o plano de contingência para seca, estiagem e incêndios florestais tem como foco o acesso à água potável e o controle de doenças respiratórias. Em situação de emergência, será necessário ativar o COE específico para incêndios e estiagem, monitorar a qualidade da água e apoiar os municípios na gestão de recursos para os abrigos.
Em casos mais críticos, o plano prevê a emissão de boletins informativos diários, articulação com instituições parceiras e reforço nas atividades de vigilância epidemiológica, além da necessidade de enviar equipes e insumos adicionais, conforme o cenário.
A SES irá mobilizar as equipes para garantir que as populações mais vulneráveis estejam protegidas e que as ações emergenciais sejam coordenadas com todas as esferas do poder público. Isso inclui o fornecimento de kits de medicamentos, monitoramento de doenças e ações de apoio psicológico às vítimas e aos profissionais de saúde envolvidos no atendimento.
Com esses novos planos de contingência, Mato Grosso do Sul reforça sua capacidade de resposta a desastres naturais, utilizando uma abordagem integrada e colaborativa para preservar a saúde pública e minimizar os danos causados por situações extremas.
