Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
25 de novembro de 2025 - 14h42
sesi
SAÚDE PÚBLICA

Ministério da Saúde aprova novas parcerias para produção nacional de medicamentos

Entre os fármacos estão tratamentos para HIV, câncer e doenças raras, com foco no atendimento via SUS

25 novembro 2025 - 11h45
Parcerias firmadas com o Butantan vão ampliar produção de remédios essenciais para o SUS
Parcerias firmadas com o Butantan vão ampliar produção de remédios essenciais para o SUS - (Foto: ABrasil)

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (24) a aprovação de cinco novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs), que permitirão ampliar a fabricação de medicamentos estratégicos no Brasil. A medida faz parte de um pacote que prevê investimento de R$ 15 bilhões na indústria da saúde e busca fortalecer o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Canal WhatsApp

As novas parcerias envolvem a futura Butantan Farma, resultado da incorporação da Fundação para o Remédio Popular (Furp) ao Instituto Butantan, e laboratórios como Cristália, Prati & Donaduzzi, Biocon Pharma, Nortec, Blanver e Cyg Biotech. O objetivo é desenvolver remédios de alto custo ou baixa disponibilidade para tratamento de doenças como fibrose cística, amiloidose, leucemias, câncer renal e HIV.

Entre os produtos contemplados estão:

Ivacaftor 150 mg (Cristália): indicado para fibrose cística. Produção começa após o fim da patente, em junho de 2026.

Tafamidis Meglumina 20 mg (Prati & Donaduzzi): usado para amiloidose, já sem proteção patentária.

Dasatinibe 20 mg e 100 mg (Biocon Pharma/Nortec): destinado a tratamentos de leucemia.

Pazopanibe 200 mg e 400 mg (Blanver/Cyg Biotech): para carcinoma de células renais.

Dolutegravir 50 mg + Lamivudina 300 mg (Blanver/Cyg Biotech): antirretroviral para HIV, com produção prevista após abril de 2026.

Esses medicamentos são considerados essenciais pelo Ministério da Saúde, tanto por seu alto custo no mercado quanto por atenderem a condições graves e crônicas. Com a produção nacional, o governo pretende garantir o fornecimento contínuo ao SUS, além de reduzir a dependência de importações.

As PDPs são acordos entre instituições públicas e empresas privadas para transferir tecnologia e conhecimento produtivo. No evento de anúncio, participaram o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes do Instituto Butantan, Furp e Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

O plano faz parte de um esforço maior para reestruturar o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, setor que ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19. No total, o governo homologou 31 novas PDPs em 2024 — a última rodada havia ocorrido em 2017.

A expectativa é que a nova política reduza custos, aumente a capacidade de resposta do país em situações de emergência e fortaleça a cadeia produtiva da saúde pública nacional.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop