Mpox: Um ano após declaração de emergência, casos superam 50 mil países africanos

Lesões de pele estão entre os sintomas mais comuns da mpox - Foto: Marina Demidiuk/Adobe Stock

Um ano após a declaração de emergência em saúde pública internacional devido ao surto de mpox na República Democrática do Congo e em países vizinhos, a doença já soma quase 50 mil casos confirmados em pelo menos 28 países africanos.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que, apesar do número de mortes e das taxas de mortalidade associadas ao vírus serem baixas, os pacientes imunocomprometidos, especialmente aqueles com HIV não controlado, continuam a ter um risco elevado.

Tedros reconheceu que a declaração de emergência ajudou a mobilizar recursos para o controle do surto, mas alertou que “cortes drásticos” na ajuda externa têm dificultado os esforços no combate à mpox. Isso afetou a disponibilidade de vacinas, diagnóstico e implementação das medidas necessárias de saúde pública. Ele apelou para que os países continuem vigilantes e priorizem o controle da doença, pedindo também que países doadores ofereçam apoio para superar a emergência global.

Sobre a doença

A mpox é uma doença zoonótica viral transmitida a humanos por contato com animais silvestres infectados, pessoas contaminadas ou materiais contaminados. Os principais sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. As lesões podem variar de poucas a milhares e geralmente se concentram no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, mas podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo a boca, olhos, órgãos genitais e ânus.

Com a propagação da doença, a OMS reforça a importância de manter a vigilância e garantir o suporte contínuo para o controle dos surtos em regiões afetadas.

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