Mato Grosso do Sul entrou oficialmente na lista dos estados que investigam morte suspeita por ingestão de bebida adulterada com metanol, substância altamente tóxica e potencialmente letal. O caso foi confirmado nesta quarta-feira (15) pelo Ministério da Saúde, que acompanha o avanço da contaminação em diferentes regiões do Brasil.
Além do óbito investigado no MS, o país já soma quatro casos suspeitos de intoxicação no estado — ainda sem confirmação de contaminação por metanol. O alerta se acendeu após o crescimento acelerado de registros confirmados em outras partes do Brasil, com mortes já reconhecidas oficialmente.
Mortes confirmadas em outros estados - Nesta quarta-feira, foram confirmadas mais três mortes por intoxicação: uma em Jundiaí (SP) e duas em Pernambuco. Essas são as primeiras vítimas fatais fora de São Paulo desde que os primeiros casos vieram à tona, em 26 de setembro.
Com isso, 41 casos foram confirmados até o momento, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde. Além dos estados já afetados — São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e agora Pernambuco — ao menos nove estados investigam suspeitas, incluindo Mato Grosso do Sul.
Distribuição dos casos confirmados por estado:
São Paulo: 33
Paraná: 4
Pernambuco: 3
Rio Grande do Sul: 1
Casos em investigação:
São Paulo: 57
Pernambuco: 31
Rio de Janeiro: 6
Mato Grosso do Sul: 4
Piauí: 3
Rio Grande do Sul: 3
Alagoas, Goiás e Paraná: 1 caso em cada
Mortes em investigação:
São Paulo: 4
Pernambuco: 3
Mato Grosso do Sul: 1
Paraíba: 1
Paraná: 1
Enquanto isso, em São Paulo, a Polícia Civil realizou uma operação que resultou na destruição de mais de 100 mil garrafas apreendidas em um galpão clandestino na zona leste da capital. O material, estimado em 7 toneladas de vidro, foi enviado para reciclagem após autorização judicial.
As bebidas adulteradas vinham sendo comercializadas em diferentes cidades, ampliando o risco de intoxicação em diversas regiões.
O que é o metanol e por que é tão perigoso? - O metanol é uma substância tóxica que, se ingerida, pode causar cegueira, danos neurológicos e até morte. Ele é usado principalmente na indústria e não deve estar presente em bebidas alcoólicas de consumo humano. O uso ilegal do metanol na fabricação de bebidas é um crime grave e tem sido o foco das investigações.
