
O aumento de casos de intoxicação por metanol em São Paulo chamou a atenção do Ministério da Saúde, que identificou um padrão diferente em relação a registros anteriores. Agora, as vítimas não são apenas pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade, mas também frequentadores de bares e festas que consumiram bebidas destiladas adulteradas, como gin, whisky e vodka.

Segundo a pasta, essa mudança preocupa porque amplia o alcance do risco. “Estamos observando uma situação absolutamente diferente do que vinha acontecendo”, afirmou o ministro Alexandre Padilha.
Em 2022 e 2023, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas registrou 14 casos relacionados ao consumo de álcool adulterado em postos de combustíveis. Onze pessoas morreram. Desta vez, os pacientes relatam consumo recente em ambientes sociais, o que reforça o alerta para a população.
Diante do cenário, o Ministério da Saúde anunciou que vai criar um protocolo nacional de atendimento para casos suspeitos, com orientações específicas às unidades de urgência e emergência. Além disso, o governo federal vai emitir um alerta aos Procons para reforçar a fiscalização e orientar fornecedores e consumidores sobre os riscos.
O perigo do metanol - O metanol é uma substância usada legalmente na indústria, mas altamente tóxica quando ingerida. Ele não tem cheiro ou gosto, o que impede a identificação em bebidas adulteradas. Os sintomas aparecem rapidamente e se confundem com sinais de embriaguez, como fala arrastada e reflexos lentos.
Com o passar das horas, surgem complicações graves: náuseas, vômitos, dor abdominal, visão borrada ou perda total da visão. Em situações mais severas, a intoxicação pode levar à morte.
Quem apresentar sintomas deve procurar atendimento médico imediatamente. O Ministério da Saúde também orienta contato com os canais de apoio:
Disque-Intoxicação Anvisa: 0800 722 6001
Centro de Controle de Intoxicações de SP (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733
