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SAÚDE

Ministério da Saúde seleciona 501 médicos para atuar em regiões vulneráveis

A partir de setembro, médicos especializados irão atender em municípios com carência de profissionais, com bolsas diferenciadas e cursos de aprimoramento

25 agosto 2025 - 20h15Paula Ferreira
O Agora Tem Especialistas, programa do Ministério da Saúde, tem como objetivo facilitar o acesso da população a consultas especializadas.
O "Agora Tem Especialistas", programa do Ministério da Saúde, tem como objetivo facilitar o acesso da população a consultas especializadas. - (Foto: MINISTÉRIO DA SAÚDE)
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O Ministério da Saúde selecionou 501 médicos especialistas para atuar em regiões vulneráveis do Brasil, com foco nos municípios que enfrentam escassez de profissionais da saúde. O anúncio foi feito pelo governo, e os médicos selecionados começarão a atuar em setembro, com bolsas que variam de R$ 10 mil a R$ 20 mil, dependendo da localização e da complexidade do acesso à saúde.

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O programa, denominado "Agora Tem Especialistas", destina-se a atender as populações de todo o País, com maior concentração de profissionais nas regiões Norte e Nordeste, onde a carência de especialistas é mais significativa. Ao todo, 993 médicos se inscreveram no edital lançado, e os selecionados atuarão em áreas como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia, entre outras especialidades.

Os médicos receberão bolsas em três faixas: 138 profissionais na faixa 1, com bolsa de R$ 20 mil; 188 na faixa 2, com bolsa de R$ 15 mil; e 175 na faixa 3, com bolsa de R$ 10 mil. O programa também oferece cursos de aprimoramento para os profissionais nas áreas em que irão atuar. Alguns médicos não foram selecionados devido à falta de documentação, como o Registro de Qualificação de Especialista (RQE), mas poderão ser chamados posteriormente caso regularizem sua situação.

O "Agora Tem Especialistas" foi relançado em maio, com o objetivo de reduzir as filas de espera por atendimentos especializados no SUS, além de melhorar o acesso a diagnósticos e tratamentos para doenças como o câncer. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a iniciativa para fortalecer o sistema de saúde e garantir mais acessibilidade à população.

Uma das principais medidas do programa é a disponibilização de 150 carretas equipadas para realizar 720 mil pequenas cirurgias e biópsias, 4,6 milhões de exames e 9,4 milhões de consultas. Essas carretas atenderão principalmente caminhoneiros e comunidades em regiões remotas, como terras indígenas.

Além disso, o governo está promovendo a criação de novos programas de residência médica em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), com a previsão de 3 mil bolsas para formação de médicos especialistas.

O ministro Alexandre Padilha afirmou que os médicos selecionados possuem, em média, 12 anos de experiência, refutando as críticas de que apenas profissionais sem experiência se inscreveriam no programa. Segundo Padilha, o programa é uma inovação necessária para enfrentar os desafios de longo prazo na saúde pública, destacando que mudanças estruturais são fundamentais para atender a demanda crescente da população.

A iniciativa visa não apenas a reparação das longas filas de espera, mas também um fortalecimento do sistema público de saúde, tornando-o mais eficiente e acessível, especialmente nas regiões mais carentes.

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