Um estudo realizado em 2017 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), mostrou que cada dia é mais comum pessoas de várias faixas etárias usando o fone de ouvido, que hoje se tornou um item indispensável para trabalho, escola ou lazer. No entanto, os profissionais em otorrinolaringologia, Dr. Bruno Nakao e Dr. Celso Nanni da Unimed Campo Grande, alertam que o uso contínuo pode trazer prejuízos irreparáveis para a saúde auditiva, caso utilizado de maneira imprudente e incorreta.
No estudo foi mostrado que 53% dos participantes apresentavam problemas auditivos e o uso de fones de ouvido poderia ser a causa.
“Os cuidados que devem ser observados são o volume ou a intensidade exposta ao som. Se a pessoa ao lado consegue escutar o som do fone de ouvido ou quem está utilizando não consegue entender o que está sendo dito, deve-se reduzir o volume do mesmo”, explica Nakao.
Cerca de 19% das pessoas com idade entre 20 e 29 anos tinham a audição prejudicada devido ao mau uso do dispositivo.
“Os limites de tolerância são 8h em 85 dB (decibéis), 4h em 90 dB, 2h em 95dB, 1h em 100bB. Para se ter uma ideia, o nível de ruído médio dentro de um carro no trânsito leve com vidros fechados é algo entre 70-75dB e em um ônibus por volta de 80dB”, completa Nanni.
Os especialistas afirmam que é de extrema importância sempre reparar o volume que utilizado e o tempo de exposição.
“Por exemplo, se uma pessoa se expõe ao volume máximo de um dispositivo eletrônico que pode chegar até 105 decibéis (dB), já limita-se o uso diário em 30 minutos”, afirma o especialista Nakao.
Não existindo um modelo específico pelos especialistas, Nanni afirma que quando o local é muito barulhento é recomendado que seja utilizado um que cancele o som externo, não misturando os ruídos e evitando assim o aumento na intensidade do som.
Dicas
Nunca ouvir o som tão alto a ponto de não ouvir o que está à sua volta;
Nunca dormir com o fone no ouvido;
Não utilizar de forma continua e evitar utilizá-los em ambientes muito barulhentos.
