
O câncer de colo do útero é uma preocupação crescente no Brasil, especialmente considerando as recentes estatísticas. O estado do Mato Grosso do Sul, por exemplo, lidera as estimativas na região centro-oeste com uma taxa alarmante de 17,73 casos para cada 100 mil mulheres. Esta taxa é notavelmente superior quando comparada ao estado do Rio Grande do Sul, que apresenta a menor estimativa no país, com 7,11 casos para cada 100 mil mulheres.

De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Câncer (INCA), espera-se que, para cada ano do próximo triênio (2023-2025), surjam 32 mil novos casos de câncer ginecológico. Estes números são essenciais para entender a magnitude do problema, já que representam 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados nas brasileiras.
A Relação com o HPV
O papilomavírus humano (HPV) é um dos principais fatores de risco associados ao câncer de colo do útero. Estima-se que 80% da população sexualmente ativa contraia a infecção pelo HPV pelo menos uma vez na vida. A boa notícia é que a vacinação contra o HPV, disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) desde 2014, é uma das estratégias mais eficazes para o controle dessa doença.
Campanha Setembro em Flor
Criada em 2021 pela oncologista clínica Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, a campanha "Setembro em Flor" tem como objetivo conscientizar a população sobre os tipos de cânceres que acometem o aparelho reprodutor feminino. Durante as atividades anuais em setembro, o foco é educar as mulheres sobre os sintomas e formas de prevenção.
Sintomas e Diagnóstico
Embora muitos tumores ginecológicos possam ser assintomáticos nos estágios iniciais, certos sintomas como sangramento vaginal fora do ciclo menstrual, dor pélvica e necessidade frequente de urinar são indicativos. Em caso de suspeita, é fundamental realizar exames minuciosos, como ultrassom, tomografia e, eventualmente, uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
