
A mamografia é o principal exame para detectar precocemente o câncer de mama, o tipo de tumor mais comum entre as mulheres e o que mais causa mortes no país.
Mesmo assim, muitas ainda evitam o exame por medo, dor ou ansiedade com o resultado.

Segundo Fabiana Makdissi, do A.C. Camargo Cancer Center, o desconforto ocorre porque o aparelho precisa pressionar a mama para que o raio-X produza uma imagem nítida. “A compressão afina o tecido e permite visualizar melhor a estrutura interna”, explica.
A pressão é necessária em todos os tipos de mamografia, inclusive na 3D. A diferença é que equipamentos modernos têm bandejas e apoios anatômicos, o que diminui a dor, destaca Thiago Buosi, do Hospital de Amor, em Barretos (SP).
Mulheres com próteses de silicone também podem fazer o exame, mas é preciso aplicar a manobra de Eklund, técnica que desloca o implante para permitir a visualização do tecido mamário.
Para reduzir o desconforto, o ideal é evitar o exame nos dias que antecedem a menstruação, quando as mamas ficam mais sensíveis. “O melhor momento é logo após a menstruação. Durante o período menstrual, o exame pode ser feito normalmente”, explica Buosi.
No caso de mulheres na menopausa, Fabiana recomenda escolher dias em que não se sintam inchadas e manter uma alimentação leve.
Dicas para tornar o exame mais tranquilo
- Relaxe e respire fundo durante o exame.
- Foque em algo do ambiente, como a música ou a decoração.
- Entenda a importância do teste. O medo do resultado pode aumentar a tensão e a dor.
“A mamografia salva vidas. Mesmo que o tumor seja pequeno e sem sintomas, quanto antes for identificado, maior a chance de cura”, reforça Fabiana.
Quando fazer o exame
O Ministério da Saúde recomenda:
- Mulheres de 50 a 74 anos: uma mamografia a cada dois anos, mesmo sem sintomas.
- Mulheres de 40 a 49 anos: também têm direito ao exame pelo SUS, conforme indicação médica.
- Qualquer idade: em caso de sinais ou sintomas suspeitos.
Em 2022, o Brasil registrou 19 mil mortes por câncer de mama e 37 mil novos casos, principalmente entre mulheres de 50 a 59 anos.
