
Mato Grosso do Sul passou a contar, desde o início de julho, com 34 novos médicos enviados pelo governo federal por meio do Programa Mais Médicos.

A iniciativa, voltada ao fortalecimento da atenção primária em locais de difícil acesso ou maior vulnerabilidade social, distribuiu quatro desses profissionais para atuar junto ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Estado. Os demais foram alocados em unidades de saúde da família em municípios sul-mato-grossenses.
O reforço faz parte da nova etapa do programa, que selecionou 3.173 médicos para atuar em 1.618 municípios e 26 distritos indígenas de todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, essa edição contou com número recorde de inscritos — mais de 45 mil candidatos se inscreveram.
Chegada e capacitação - Desde 2 de julho, médicos formados no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) começaram a ser enviados aos seus locais de atuação. Para os brasileiros que concluíram a formação no exterior, a etapa seguinte será o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), previsto para começar em 4 de agosto. O treinamento tem foco em urgências, emergências e doenças comuns nas regiões de destino.
A expectativa do governo é que esses profissionais contribuam não apenas com a ampliação do atendimento básico, mas também com a organização da rede de saúde, por meio do uso do prontuário eletrônico e da integração com os demais níveis do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é encurtar o tempo de espera dos pacientes e facilitar o acesso aos serviços de média e alta complexidade.
A distribuição das vagas foi baseada em dados do estudo Demografia Médica 2025, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Associação Médica Brasileira (AMB). O levantamento mapeou a quantidade de médicos por habitante em diferentes regiões do Brasil, identificando áreas com escassez de profissionais.
Entre os municípios atendidos pelo novo edital, 75% são de pequeno porte, 11% de médio porte e 13% de grande porte. A prioridade é atender regiões vulneráveis, com baixa densidade médica e grandes demandas reprimidas na atenção básica.
