
Unidades de saúde de Mato Grosso do Sul estão enfrentando uma nova fase de falta de medicamentos. O alerta é do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems/MS).


“Temos várias medicações, que estão escassas no mercado, com sérias dificuldades de acesso. A dipirona monoidratada injetável, por exemplo, está em falta em vários hospitais, inclusive particulares e há um risco iminente de desabastecimento nacional. Realizamos um levantamento e cerca de 94% dos municípios de MS já estão com falta de determinadas medicações”, disse o presidente do Cosems/MS, Rogério Leite
O município de São Gabriel do Oeste, a 139 km de Campo Grande, é um dos afetados. "Estamos com estoque reduzido de amoxicilina com clavulanato e azitromicina, procuramos outros fornecedores mas também não possuem. Já recebemos um comunicado do conselho de farmácia sobre o desabastecimento. Estamos fazendo o que está ao nosso alcance, mas os fornecedores não possuem", afirma a secretária de Saúde, Francine Basso.
Entre os principais medicamentos em falta, estão na lista: ibuprofeno, limesulida, amoxicilina com clavulanato, losartana, dexametasona injetável e loratadina. Os principais motivos são licitações desertas, e a interrupção do fornecimento pela empresa licitada, que alegam falta de matéria prima.
“A situação nos preocupa muito, sou gestor de Corumbá, e igual a vários municípios do Brasil, podemos ter a falta das medicações. É uma situação complexa, pois além de ser um reflexo da pandemia de Covid-19, que exigiu altas demandas na indústria farmacêutica, muitos medicamentos estão com baixa produção pois há componentes que são importados e a importação do medicamento supera o valor máximo de venda, ou seja, o custo da produção supera o da arrecadação”, conta Leite.
O Cosems/MS levou a pauta para discussão do Conselho Nacional para tentar solucionar problema.
