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08 de outubro de 2025 - 12h49
INTERNACIONAL

Júri condena Johnson & Johnson a pagar US$ 966 milhões por talco ligado a câncer raro

Empresa é responsabilizada por contaminação por amianto em talco para bebês e planeja recorrer de decisão que classificou como "chocante e inconstitucional"

8 outubro 2025 - 10h35Redação
Empresa nega que seu talco seja cancerígeno.
Empresa nega que seu talco seja cancerígeno. - (Foto: MohamadFaizal/Adobe Stock)

Um júri em Los Angeles decidiu nesta semana que a Johnson & Johnson deverá pagar US$ 966 milhões à família de Mae Moore, que faleceu em 2021, vítima de mesotelioma, um câncer raro e agressivo. O veredito atribuiu à empresa responsabilidade por produto de talco usado pela vítima, que, segundo os autos, continha amianto, substância reconhecida como cancerígena.

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A indenização foi dividida entre US$ 16 milhões por danos compensatórios, destinados a reparar prejuízos diretos, e US$ 950 milhões em danos punitivos, que visam punir e dissuadir práticas semelhantes. A Johnson & Johnson nega que seu talco contenha amianto ou que seus produtos causem câncer.

Em 2023, a empresa suspendeu globalmente a venda do talco para bebês, em meio a milhares de processos judiciais que alegam ligação com mesotelioma, câncer de ovário e outras doenças.

Tentativas anteriores de a empresa se proteger juridicamente incluíram a criação de uma subsidiária chamada LTL Management, que entrou com pedido de falência — estratégia conhecida como “Texas two-step”, que tenta isolar responsabilidades legais. Até o momento, o sistema judicial rejeitou essas manobras, reconhecendo falhas nos processos de consentimento e nos procedimentos legais.

A Johnson & Johnson afirmou que vai recorrer de imediato da sentença, considerando-a “chocante e inconstitucional”. A empresa também afirmou que reservará cerca de US$ 7 bilhões para lidar com os litígios pendentes, mais de 90 mil ações relacionadas ao talco.

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