Foi aberto um inquérito civil pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para investigar a crescente insegurança nas unidades de saúde em Campo Grande.
O objetivo é apurar a falta de segurança nas unidades do SUS e exigir ações concretas das autoridades responsáveis. O inquérito foi instaurado após diversos relatos de violência, furtos, ameaças e até depredações ocorridas em postos de saúde e UPAs de Campo Grande.
O foco da investigação é a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que são responsáveis pela manutenção e segurança das unidades de atendimento à população. O promotor de Justiça Marcos Roberto Dietz, responsável pela ação, destacou que, apesar de algumas medidas pontuais como o reforço da Guarda Civil Metropolitana e o estudo sobre a ampliação do videomonitoramento, ainda não há um plano estruturado e eficaz para resolver de forma permanente o problema da insegurança nessas unidades.
No processo de investigação, a Sesau foi cobrada a fornecer, em até 20 dias, informações detalhadas sobre o atual estágio do projeto de segurança, incluindo a presença de vigilância privada, treinamentos oferecidos aos funcionários e a existência de canais de denúncia acessíveis para o registro de casos de violência. O MPMS também solicitou à Polícia Civil os boletins de ocorrência registrados sobre crimes nas unidades de saúde desde janeiro de 2025.
Além disso, o MPMS requisitou cópias da ata e das manifestações de uma audiência pública recente da Câmara Municipal, que discutiu o aumento da violência nas unidades de saúde, para entender as ações políticas adotadas para o enfrentamento do problema e verificar se houve propostas concretas para combater a situação.
