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23 de outubro de 2025 - 17h32
TJMS
OUTUBRO ROSA

Desfile no Inca reúne pacientes em tratamento e reforça luta contra o câncer de mama no Outubro Rosa

Cabeleireira angolana Elisângela Torres, em recuperação, participou da celebração e destacou a importância do diagnóstico precoce

23 outubro 2025 - 13h00
Inca promove desfile com pacientes em tratamento no Outubro Rosa; Elisângela Torres celebra força e diagnóstico precoce.
Inca promove desfile com pacientes em tratamento no Outubro Rosa; Elisângela Torres celebra força e diagnóstico precoce. - (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A cabeleireira angolana Elisângela Maria Torres da Silva, de 34 anos, é um exemplo de força e superação. Após sentir uma dor no seio ao levantar os braços para tirar a roupa, decidiu investigar a causa e, em julho deste ano, foi diagnosticada com câncer de mama. Nesta quinta-feira, 23, ela subiu na passarela do Hospital do Câncer III, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, como uma das modelos no tradicional desfile de pacientes promovido durante as celebrações do Outubro Rosa.

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Elisângela foi encaminhada para o Inca III por uma clínica da família e iniciou o tratamento com oito sessões de quimioterapia. Há cerca de um mês, passou por cirurgia para retirada do tumor na mama esquerda. Para ela, o diagnóstico precoce foi fundamental: “Decidi participar porque é um evento muito bonito, que eleva a nossa autoestima. As equipes nos ajudam e dão conselhos. Eu disse: vou entrar nessa onda também do desfile”, afirmou.

A cabeleireira Elisângela Torres participa do desfile de pacientes durante celebração do Outubro Rosa no Hospital do Câncer III, na zona norte do Rio de Janeiro. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O desfile já faz parte do calendário oficial do hospital há mais de 15 anos. Além das pacientes desfilando, a festa contou com serviços de beleza como corte de cabelo, penteados, maquiagem, manicure, massagens, doação de perucas, sorteios de brindes e a presença da trupe de doutores-palhaços Cabeça Oca, que levou leveza e sorrisos aos corredores da unidade de saúde.

Para o mastologista Marcelo Bello, diretor do INCA III, eventos como este são uma forma de valorizar a vida. “O câncer de mama não é uma sentença de morte. Quando diagnosticado precocemente, há grandes chances de cura. Por isso, é fundamental que a mulher procure um médico logo que perceba alguma mudança em sua mama”, destacou.

Segundo estimativa do próprio Inca, o Brasil deve registrar 73.610 novos casos de câncer de mama somente em 2025, mantendo a doença como a que mais mata mulheres no país. A realidade preocupa, mas também mobiliza esforços como o evento promovido pelo Serviço Social do Inca, com apoio do INCAvoluntário.

De acordo com Vânia Braz, assistente social e uma das organizadoras da celebração, a festa nasceu a partir do desejo das próprias pacientes. “As pacientes começaram a se agregar. Buscamos fazer entretenimento, elevação da autoestima. Um serviço de saúde não se faz apenas com as tecnologias duras, mas com as tecnologias leves também. É um momento de alegria para que elas possam se sentir protagonistas, o que tem ajudado a diminuir o estigma em torno da doença”, explicou.

A secretária em exercício de Políticas para Mulheres e Cuidados do Rio, Mariana Xavier, também participou da ação. Segundo ela, a pasta arrecadou mais de 250 lenços para doação às pacientes e promoveu oficinas de turbantes, limpeza de pele e massagem facial nas salas de espera. “Queremos acolher essas mulheres de forma integral, durante o processo de espera ou tratamento”, destacou.

A celebração do Outubro Rosa no Inca não ficou restrita às áreas de convivência do hospital. Pacientes internadas ou em sessões de quimioterapia receberam atendimento das equipes com os mesmos serviços de beleza e cuidado, reforçando a importância da autoestima no enfrentamento da doença.

A presença de Elisângela na passarela do Inca simboliza mais do que um momento de beleza. Representa a importância da atenção aos sinais do corpo, o impacto do diagnóstico precoce e, principalmente, a força das mulheres que enfrentam o câncer com dignidade, coragem e esperança.

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