
Na próxima segunda-feira (25 de novembro), o Brasil celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue. No entanto, para o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), em Campo Grande, a data será muito mais do que uma comemoração. Será um lembrete silencioso – e essencial – de que a doação de sangue não é apenas um ato de altruísmo, mas de sobrevivência.

O Humap-UFMS, que integra a Rede Ebserh, não é um hemocentro. Ele não coleta sangue, mas faz algo igualmente crucial: armazena, processa e utiliza o sangue em transfusões para seus pacientes internados. Além disso, é um agente ativo na conscientização de quem cruza seus corredores – funcionários, acompanhantes e visitantes – sobre a necessidade de manter os estoques de sangue dos hemocentros cheios.
“Nós não ficamos apenas na operação técnica. Nosso papel é conscientizar as pessoas que já estão aqui, mostrar como a doação regular de sangue salva vidas”, explica Mariana Rodrigues Alves, biomédica responsável pela agência transfusional do hospital.
O sangue que não pode faltar - Mesmo com todos os avanços médicos, não existe substituto para o sangue humano. Cirurgias, tratamentos de câncer, doenças hematológicas e emergências hospitalares dependem de estoques que, em muitos lugares, estão perigosamente baixos.
“A doação precisa ser contínua para garantir que o sangue esteja disponível para quem precisa. Não basta doar apenas em momentos de apelo público. É necessário regularidade”, reforça Mariana.
No Humap-UFMS, a conscientização acontece em pequenas ações, quase invisíveis para quem está de fora, mas transformadoras para quem é impactado. Mariana e sua equipe abordam acompanhantes de pacientes, funcionários e até visitantes, explicando como a doação pode salvar vidas.
O papel de um hospital que vai além - Integrado à Rede Ebserh desde 2013, o Humap-UFMS é um exemplo de hospital que faz mais do que atender pacientes. Além de atender pelo SUS, é um centro de formação de profissionais de saúde e um espaço de inovação científica.
A agência transfusional do hospital, embora não receba doadores diretamente, desempenha um papel essencial na cadeia de hemoterapia. Ela não apenas garante que o sangue armazenado seja usado de forma segura, mas também mobiliza a comunidade interna para apoiar os hemocentros que alimentam o sistema.
“No Dia Nacional do Doador de Sangue, nosso trabalho é lembrar que cada gota importa. Cada doação é uma chance de salvar vidas e manter a saúde pública funcionando”, afirma Mariana.
Um dia para lembrar e agir - O Dia Nacional do Doador de Sangue, instituído em 1964, é uma data que transcende a celebração. É um momento de reforçar o quanto a solidariedade é vital para um sistema de saúde universal como o SUS.
Para o Humap-UFMS, a data é mais uma oportunidade de cumprir sua missão: ser um hospital que não apenas trata, mas também ensina, mobiliza e transforma. Afinal, como destaca Mariana, “a saúde pública só funciona quando todos fazem sua parte”.
