Desde o início deste mês, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), em Mato Grosso do Sul, realiza a campanha Setembro Verde, voltada à conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos.
A ação busca alertar a população sobre a importância de comunicar à família o desejo de ser doador. No Brasil, a autorização para a doação só pode ser dada por parentes próximos após a confirmação da morte encefálica.
“Não adianta ter escrito em algum lugar se você não avisar sua família, porque no fim das contas quem autoriza a doação são os familiares”, diz Ely Bueno da Silva Bispo, enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos (CIDHOTT) do HU-UFGD.
A comissão é formada por 11 profissionais de diversas áreas e atua desde a identificação do potencial doador até o contato com a Central de Transplantes. A equipe também oferece suporte psicológico aos familiares.
Como parte da campanha, estão previstas duas ações principais: no dia 12 de setembro, será realizada uma capacitação para servidores e residentes; no dia 27, o hospital apoiará uma caminhada promovida pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) em Dourados.
A OPO atua no Hospital da Vida e dá suporte às demais comissões da região. Segundo Ely, desde a implantação do grupo no município, o número de doações aumentou, ampliando as chances de pacientes que aguardam transplante.
De acordo com o Ministério da Saúde, um único doador pode beneficiar até oito pessoas com órgãos e até 50 com tecidos.
Serviço - Como ser doador– A doação só ocorre com autorização da família;
– Informe seu desejo em vida e oriente seus familiares;
– Não há cadastro oficial de doadores no Brasil.
Quem pode ser beneficiado
– Órgãos: coração, fígado, rins, pulmões e pâncreas;
– Tecidos: córneas, pele, ossos, tendões e válvulas cardíacas.
Informações em Dourados
– CIDHOTT (HU-UFGD) 67 3410 - 3000
– Organização de Procura de Órgãos (OPO) – Hospital da Vida
