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SAÚDE

Telessaúde indígena recebe R$ 80 mil e começa a ganhar forma em Dourados

Mutirão marcou o Dia Internacional dos Povos Indígenas com atendimentos e lançamento de projeto pioneiro em Dourados

11 agosto 2025 - 15h10Redação
Mutirão de saúde marcou o lançamento do projeto de telessaúde indígena do HU-UFGD
Mutirão de saúde marcou o lançamento do projeto de telessaúde indígena do HU-UFGD - (Foto: Divulgação/HU-UFGD)

O sábado (9) foi diferente na Reserva Indígena de Dourados. Médicos, técnicos e autoridades dividiram o mesmo espaço para atender, ouvir e anunciar novidades. O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados, junto com a Rede Ebserh e parceiros, aproveitou o Dia Internacional dos Povos Indígenas para fazer um mutirão de saúde e lançar oficialmente um projeto de telessaúde pensado para as aldeias.

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No pátio, moradores passaram por exames de imagem, consultas e até pequenas cirurgias. Foram 06 ultrassonografias de rins e vias urinárias, 26 de articulação, 05 obstétricas, 08 ecocardiogramas, 05 endoscopias, 02 colonoscopias, 04 eletroencefalogramas, 04 inserções de DIU, 11 cirurgias de pequeno porte e 15 consultas ambulatoriais. Tudo no mesmo dia.

“Este foi um dia histórico. Conseguimos unir atendimento direto, com resultados imediatos, e o lançamento de um projeto estratégico, que vai levar cuidado especializado a quem vive em territórios distantes”, disse o superintendente do hospital, Hermeto Paschoalick.

O novo serviço de telessaúde recebeu R$ 80 mil em recursos da Fundect para compra de equipamentos e reforço da equipe. A proposta é instalar computadores, câmeras e conexões de internet em uma unidade de saúde da reserva e em uma sala do ambulatório do hospital. Profissionais locais vão acompanhar os atendimentos e, quando preciso, especialistas do hospital participarão à distância. A ideia é simples e ambiciosa: menos viagens até a cidade, mais acesso rápido a especialistas e cuidado respeitoso às línguas e tradições locais.

O dia ainda teve outro marco: o início da operação do primeiro SAMU Indígena do Brasil, com base na Aldeia Jaguapiru. O serviço atende cerca de 25 mil indígenas, funciona 24 horas por dia, fala português e guarani, e já corta pela metade o tempo de resposta. A base recebeu nomes em guarani e terá R$ 341 mil por ano do Ministério da Saúde para se manter.

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