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18 de dezembro de 2025 - 17h12
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SAÚDE NO INTERIOR

Hospital regional de Dourados marca avanço da nova arquitetura da saúde em MS

Unidade Olga Castoldi Parizotto inicia operação com 100 leitos e integra estratégia de regionalização e alta complexidade no Cone Sul

18 dezembro 2025 - 15h10Iury de Oliveira
Fachada do Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto, às margens da BR-463, com entrada principal, letreiro e equipe de saúde na área externa.
Fachada do Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto, às margens da BR-463, com entrada principal, letreiro e equipe de saúde na área externa. - (Foto: Bruno Rezende)

O Governo de Mato Grosso do Sul dá mais um passo na chamada Nova Arquitetura da Saúde com a entrada em funcionamento, no dia 20 de dezembro, da Unidade I do Hospital Regional de Dourados (HRD) Olga Castoldi Parizotto. O novo hospital é peça central na reorganização da rede e consolida a estratégia de transformar o sul do Estado em polo estruturado de média e alta complexidade.

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A nova arquitetura redesenha fluxos, fortalece a regionalização e redefine o papel dos municípios, para que cada região tenha atendimento no nível de complexidade adequado, sem depender exclusivamente de Campo Grande.

O HRD chega em um cenário que começou a se concretizar em outubro, com a inauguração da Policlínica Cone Sul, em Dourados. A unidade funciona como centro de diagnóstico e especialidades e é o primeiro elo da linha de cuidado da macrorregião, reduzindo deslocamentos e ampliando a resolutividade dos atendimentos especializados.

Equipada com tecnologia moderna, a Policlínica já oferece exames como tomografia, ultrassonografia, mamografia, densitometria óssea, endoscopia, colonoscopia, raio X, além de exames laboratoriais e atendimentos multiprofissionais. A unidade passou a ser a porta de entrada para a rede especializada, absorvendo demandas que antes obrigavam pacientes a viajar para outros municípios.

Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto inicia operação como referência em média e alta complexidade para o Cone Sul de MS.Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto inicia operação como referência em média e alta complexidade para o Cone Sul de MS

Dentro da Nova Arquitetura da Saúde, municípios de médio porte concentram serviços de média complexidade, enquanto cidades maiores, como Dourados, assumem a alta complexidade. A intenção é qualificar o fluxo assistencial, organizar melhor a rede e diminuir a sobrecarga sobre os hospitais da Capital.

Localizado às margens da BR-463, o Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto inicia as atividades com 100 leitos, sendo 59 de internação, 20 de UTI (10 adulto e 10 pediátrica) e 21 leitos para cuidados imediatos. O centro cirúrgico conta com quatro salas e capacidade para procedimentos de média e alta complexidade em áreas como cirurgia geral, ortopedia, aparelho digestivo, ginecologia, cirurgia plástica, urologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e vascular.

Mesmo antes da abertura oficial, o hospital já começou a operar. A primeira cirurgia foi realizada em 15 de dezembro, marcando o início efetivo da atuação assistencial e demonstrando a capacidade operacional da nova estrutura.

A unidade atenderá os 34 municípios da macrorregião Cone Sul, alcançando cerca de 900 mil pessoas. Todo o acesso será regulado pela Central de Regulação Estadual. A expansão será gradual até 2026, quando o HRD deve chegar a 192 leitos, com ativação da hemodinâmica e de uma quinta sala cirúrgica.

O hospital nasce com foco em eficiência, segurança da informação e atendimento humanizado. Os processos são totalmente digitalizados, com prontuário eletrônico, gestão de leitos online, integração à regulação estadual e monitoramento contínuo dos atendimentos.

O Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto inicia as atividades com 100 leitos, sendo 59 de internação, 20 de UTI (10 adulto e 10 pediátrica) e 21 leitos para cuidados imediatosO Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto inicia as atividades com 100 leitos, sendo 59 de internação, 20 de UTI (10 adulto e 10 pediátrica) e 21 leitos para cuidados imediatos

A informatização permite rastreabilidade, otimização de fluxos e mais segurança assistencial, além de facilitar o acompanhamento da demanda em tempo real. O modelo tecnológico adotado no HRD vai servir de referência para as demais unidades previstas na Nova Arquitetura da Saúde.

Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, o novo desenho da rede torna o atendimento mais equilibrado e eficiente. Ele destaca que a regionalização “redefine os caminhos do paciente” e garante que cada pessoa seja atendida no lugar certo, no momento adequado. Dentro dessa lógica, o Hospital Regional de Dourados é visto como peça estruturante, por ampliar a capacidade da macrorregião e ajudar a consolidar o equilíbrio assistencial no Estado.

A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, ressalta que o HRD simboliza a consolidação da Nova Arquitetura da Saúde no sul de Mato Grosso do Sul. Ela lembra que o hospital já nasce conectado à Policlínica Cone Sul e preparado para funcionar como referência em média e alta complexidade, com segurança, tecnologia e foco no cuidado humanizado.

Para a diretora-geral do HRD, Andréia Alcântara, a nova unidade representa um novo capítulo para a região. Ela afirma que a missão é oferecer um serviço organizado, seguro e resolutivo, integrado à rede estadual desde o primeiro dia de operação, refletindo respeito a pacientes, famílias e profissionais de saúde.

O nome do hospital homenageia Olga Castoldi Parizotto, figura marcante na história de Dourados. Radicada no município desde 1975, ela se destacou no agronegócio e teve participação importante no desenvolvimento econômico local. Gaúcha, mãe de 13 filhos, ficou conhecida também pelo trabalho social ligado à Igreja Católica, com atenção especial às pessoas em situação de vulnerabilidade.

A escolha do nome reconhece esse legado de trabalho, solidariedade e compromisso com a comunidade, reforçado pela doação do terreno do hospital feita pelos filhos de Olga.

Com a entrada em operação do Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto, o Estado dá mais um passo na consolidação de um sistema de saúde regionalizado, moderno e conectado, capaz de reduzir sobrecargas, distribuir responsabilidades e ampliar o acesso a serviços de maior complexidade mais perto da população.

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