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SAÚDE REGIONAL

Hospital Regional de Dourados é apresentado a gestores com foco em atendimento especializado

Com mais de 100 leitos, seis centros cirúrgicos e UTIs, unidade se prepara para ampliar o acesso a serviços de alta complexidade no sul de MS

2 agosto 2025 - 07h28Maria Edite Vendas
Secretaria de Estado de Saúde reuniu gestores e técnicos para apresentar estrutura e perfil assistencial do novo hospital
Secretaria de Estado de Saúde reuniu gestores e técnicos para apresentar estrutura e perfil assistencial do novo hospital - (Foto: Divulgação SES)

Em uma visita técnica realizada na manhã da última sexta-feira (1º), o novo Hospital Regional de Dourados foi oficialmente apresentado a gestores municipais, representantes de hospitais e lideranças da saúde pública do Mato Grosso do Sul. A unidade, com estrutura para atender casos de média e alta complexidade, marca um passo importante no processo de regionalização da saúde promovido pelo Governo do Estado.

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Com mais de uma centena de leitos, seis salas cirúrgicas, unidades de terapia intensiva (UTI adulto e pediátrica) e serviços especializados em áreas estratégicas como ortopedia, cardiologia, oftalmologia e cuidados prolongados, o hospital foi planejado com base em dados epidemiológicos e técnicos para responder às reais necessidades da população da macrorregião Conesul.

O destaque foi para a estrutura instalada, os fluxos previstos e a capacidade operacional planejada.

O destaque foi para a estrutura instalada, os fluxos previstos e a capacidade operacional planejada. (Foto: Divulgação SES)

A apresentação oficial teve início na Unidade I do complexo, seguida de uma apresentação técnica do perfil assistencial na Unidade III. Ao longo da visita, os participantes puderam conhecer os fluxos previstos, a capacidade operacional da estrutura e os serviços que serão disponibilizados na fase inicial de funcionamento.

Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, o novo hospital representa mais do que uma ampliação da capacidade hospitalar da região: é o resultado de um planejamento estratégico orientado por dados concretos. “A oferta do Complexo Hospitalar de Dourados foi definida com base em dados epidemiológicos. A estrutura e as especialidades foram planejadas a partir de evidências, com foco naquilo que a população realmente precisa”, afirmou Corrêa.

Ele destacou também a transparência no processo de seleção da organização social responsável pela gestão, a OS AGIR, que foi escolhida com critérios rigorosos. “Tivemos o zelo de só apresentá-lo aos gestores da unidade e região quando já estivesse pronto e com a organização social definida, que foi selecionada dentro dos maiores critérios de transparência, qualidade e boa formação profissional”, reforçou.

Secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, durante apresentação. (Foto: Divulgação SES)

Durante a visita, a superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Angélica Cristina Segatto Congro, conduziu a apresentação técnica dos dados que embasaram a estruturação do complexo. Segundo ela, o modelo proposto busca hierarquizar a rede hospitalar e fortalecer a resolutividade local.

“A proposta é garantir que cada unidade hospitalar cumpra seu papel dentro de um sistema articulado, com foco na qualidade da assistência e na otimização dos serviços”, explicou. O novo hospital será, portanto, um polo estruturante, mas integrado às demais instituições de saúde da região, em um esforço de articulação que visa maior eficiência e equidade no atendimento.

O Complexo Hospitalar de Dourados foi pensado em três grandes unidades, com funções complementares:

  • Unidade I será o eixo central da assistência hospitalar geral. Nela estarão concentrados os leitos clínicos, UTIs (10 leitos adulto e 10 pediátricos) e serviços cirúrgicos. A unidade contará ainda com ala dedicada a cuidados prolongados e atendimento cardiológico com procedimentos de alta complexidade, como os da hemodinâmica.
  • Unidade II dará continuidade à produção assistencial já existente no local, com reorganização dos fluxos e implementação de novas tecnologias médicas.
  • Unidade III funcionará como Centro de Diagnóstico e Especialidades Médicas, oferecendo exames de alta complexidade como tomografia, ressonância magnética, ecocardiograma, mamografia, endoscopia e polissonografia, além de consultas especializadas em áreas como cardiologia, endocrinologia, neurologia e otorrinolaringologia.

Essa divisão funcional permite que o hospital atue como referência regional em diferentes frentes, de forma integrada e gradual.

O processo de ativação do hospital ocorrerá de forma progressiva. Essa estratégia busca garantir uma transição segura e sustentável, respeitando o tempo necessário para a maturação dos fluxos assistenciais e a integração com os demais serviços de saúde da região.

“Essa aproximação entre os entes federativos, gestores e profissionais é fundamental para garantir um processo de implantação seguro, transparente e alinhado com a rede já existente. O hospital é uma peça-chave na consolidação da regionalização e da nova arquitetura da saúde no Estado”, afirmou a secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone.

Participaram da visita técnica representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), do município de Dourados, da OS AGIR, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/MS), da Auditoria Estadual, do Núcleo Regional de Saúde, do Hemocentro de Dourados e de instituições como o Hospital Universitário da Grande Dourados, Hospital da Vida, Hospital Evangélico, Hospital da Missão Evangélica Caiuá, Cassems, Unimed, Serviço de Anestesiologia e Funsaúde.

A presença dessas lideranças reforça o esforço conjunto em torno da regionalização e da eficiência na gestão do sistema público de saúde, com foco na população.

Com a estrutura moderna, o planejamento técnico e a articulação institucional, o Hospital Regional de Dourados representa um marco para a saúde pública da região sul do Mato Grosso do Sul. Ao oferecer atendimento especializado, leitos de UTI e exames de alta complexidade em um mesmo complexo, a expectativa é ampliar significativamente o acesso, reduzir filas e garantir atendimento de qualidade mais próximo da população.

A regionalização, conceito-chave do projeto, busca justamente isso: levar a assistência hospitalar para onde ela é mais necessária, reduzindo deslocamentos desnecessários e sobrecargas em grandes centros urbanos. Com a ativação das unidades, o sistema estadual de saúde ganha em capilaridade e eficiência.

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