
Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã, deu início em outubro à implantação da Lei Lucas, com foco na capacitação de professores e colaboradores de escolas e creches da cidade em noções básicas de primeiros socorros.

A ação faz parte da política de humanização da unidade e é conduzida pela Comissão de Humanização Hospitalar, em parceria com a direção do hospital. A proposta é preparar os profissionais da educação para agir corretamente em situações de emergência envolvendo crianças, como engasgos, quedas, desmaios e convulsões.
Os treinamentos são ministrados por profissionais da saúde com experiência em urgência e emergência, e a meta é atender o maior número possível de instituições de ensino do município e da região.
Para Aniele Lopes, coordenadora da Comissão de Humanização, o projeto vai além da capacitação técnica. “Essa é uma ação que traduz o verdadeiro sentido da humanização: cuidar não apenas dentro das paredes do hospital, mas também fora delas. Ao capacitar professores e profissionais da educação, estamos ampliando a rede de cuidado e contribuindo para salvar vidas”, afirmou.
O gerente assistencial Rodrigo Pedroso de Lima também destacou o caráter integrador da iniciativa. “A Lei Lucas vai muito além de um treinamento técnico. Ela simboliza a união entre saúde e educação, pilares fundamentais para o desenvolvimento social”, explicou.
A proposta reforça o papel do hospital como agente transformador, contribuindo diretamente com a comunidade e promovendo uma cultura de prevenção e cuidado integral.
Lei Lucas
A Lei nº 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, foi criada após a morte do menino Lucas Begalli, de 10 anos, durante um passeio escolar. Ele se asfixiou por falta de atendimento imediato. A tragédia levou à criação da lei federal que obriga escolas e creches (públicas e privadas) a oferecer capacitação em primeiros socorros a seus profissionais.
A medida busca garantir que educadores estejam preparados para agir corretamente até a chegada do socorro especializado.
Em Ponta Porã, o Hospital Regional decidiu não apenas apoiar, mas liderar a aplicação prática da lei, oferecendo estrutura e conhecimento técnico para as formações. As ações já começaram e fazem parte de um calendário contínuo de atividades que vai se estender ao longo dos próximos meses.
