
Mato Grosso do Sul vai receber R$ 13,4 milhões para reforçar o caixa de 27 hospitais filantrópicos e Santas Casas em diferentes municípios, entre eles a Santa Casa de Campo Grande, o Hospital São Julião e o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Três Lagoas.
O repasse faz parte de um montante de R$ 1 bilhão destinado pelo Ministério da Saúde a 3.498 instituições em todas as regiões do Brasil, dentro do programa Agora Tem Especialistas.
Os valores estão detalhados na edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (26). O dinheiro será enviado em parcela única aos fundos estaduais e municipais de saúde, com execução prevista a partir de janeiro. Do total nacional, R$ 800 milhões vão para custeio de procedimentos e R$ 200 milhões para incremento do Teto de Média e Alta Complexidade dos estados. O cálculo considera a produção hospitalar do ano anterior e aplica reajuste estimado em 4,4%, acima do percentual de 2024, de cerca de 3,5%.
O ministério afirma que o modelo faz parte de uma mudança no financiamento da rede filantrópica, com reajuste anual vinculado ao volume de atendimentos realizados no SUS, em substituição à lógica da antiga Tabela SUS. Segundo a pasta, a ideia é oferecer valores mais próximos da realidade do custo dos serviços, especialmente em consultas, exames e cirurgias especializadas, e reduzir o tempo de espera nas filas.
A Fazenda Nacional lembra que estados e municípios têm obrigação constitucional de cofinanciar a saúde, e que boa parte das iniciativas locais para apoiar hospitais filantrópicos é viabilizada com recursos federais. Com o reajuste, o governo diz ampliar a capacidade de prefeituras e governos estaduais de manter esses prestadores e organizar a rede de atenção especializada.
O pacote também reforça a estratégia dos chamados “supermutirões” do programa Agora Tem Especialistas. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 127 mil procedimentos foram realizados para pacientes do SUS em 2025, sendo 59,3 mil em um único fim de semana, em ações simultâneas em todos os estados e no Distrito Federal. A mobilização envolveu quase 200 unidades de saúde, incluindo hospitais universitários, institutos federais e 134 Santas Casas, em áreas como oncologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

