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17 de dezembro de 2025 - 17h26
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SAÚDE PÚBLICA

Brasil registra primeiro caso do subclado K da H3N2, a chamada "Gripe K"

Variante foi identificada em paciente estrangeira em Belém; até agora não há circulação local confirmada

17 dezembro 2025 - 15h25Andreza de Oliveira
População ainda usa máscara em Campo Grande
População ainda usa máscara em Campo Grande - (Foto: Arquivo/Geliel Oliveira)

O sistema de vigilância epidemiológica brasileiro confirmou o primeiro caso do subclado K do vírus Influenza A (H3N2) no país, conhecido popularmente como “Gripe K”. O registro ocorreu em Belém (PA), com base em dados consolidados até 7 de dezembro, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

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A amostra foi coletada em 26 de novembro de uma paciente adulta estrangeira que veio de Ilhas Fiji e estava em Belém logo após o encerramento da COP30. O Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou geneticamente que se trata do subclado K, uma variante já associada ao aumento de casos em Europa, Ásia e América do Norte.

As autoridades de saúde ressaltam que este caso foi classificado como importado por Fiocruz, o que indica que não há, até o momento, evidências de circulação dessa variante entre a população brasileira.

O que é a “Gripe K” - A chamada “Gripe K” não representa uma nova doença — tratase de uma mutação natural do vírus H3N2, que costuma sofrer mudanças ao longo do tempo. Especialistas alertam que a influenza muda com frequência, motivo pelo qual a vigilância constante é necessária.

Os sintomas observados com a variante são semelhantes aos da gripe comum:

Febre

Dor de garganta

Tosse

Dores no corpo e de cabeça

De acordo com a Organização PanAmericana da Saúde (Opas), não há indícios de que a variante K cause mais casos graves, hospitalizações ou mortes do que as versões anteriores do H3N2.

Embora este primeiro caso tenha sido isolado e importado, especialistas lembram que a nova variante pode ganhar mais importância em próximas temporadas de influenza, especialmente no outono e inverno, quando a circulação de vírus respiratórios tende a aumentar. Essa tendência segue padrões observados globalmente, em que novas mutações frequentemente surgem em regiões como o Sudeste Asiático antes de se espalharem.

A vacina contra a influenza é atualizada todos os anos com base nas cepas mais prováveis de circular no Hemisfério Sul. Mesmo que o imunizante disponível não tenha sido desenhado especificamente para o subclado K, dados da Europa sugerem que ele ainda oferece proteção contra formas graves da doença e reduz hospitalizações.

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