
Circulação de anúncios falsos sobre a venda e retirada do medicamento Mounjaro acendeu o sinal de alerta da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES). Golpistas têm usado o nome da Casa da Saúde Carlos Alberto Jurgielewicz, em Campo Grande, para enganar pessoas interessadas em adquirir o remédio, que ganhou notoriedade por sua aplicação no emagrecimento.

Segundo a SES, os anúncios são fraudulentos. A Casa da Saúde não realiza qualquer tipo de venda nem intermedia distribuição de medicamentos mediante pagamento. A unidade atua exclusivamente na entrega gratuita de remédios a pacientes cadastrados no sistema estadual.
Fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida, indicado oficialmente para o tratamento do diabetes tipo 2. Contudo, ganhou repercussão por seu uso “off label” — ou seja, fora da bula — como alternativa para a perda de peso, mostrando eficácia superior à de outros medicamentos populares, como o Ozempic.
O remédio teve registro aprovado no Brasil em 2023, mas a venda legal ainda não começou. A previsão é que esteja disponível no comércio a partir de junho de 2025. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o preço máximo estipulado por quatro doses mensais é de R$ 3.627,82, podendo variar conforme a farmácia e a região.
População deve evitar links e denunciar tentativas de golpe - Diante da disseminação das mensagens falsas nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, a SES pede que a população não clique em links suspeitos e denuncie publicações com esse tipo de conteúdo.
“Esses anúncios configuram golpe. A Casa da Saúde não vende, nem intermedeia a comercialização de medicamentos”, alertou a secretaria em nota oficial.
