
O gengibre é usado há séculos como remédio natural para problemas digestivos e continua popular hoje, sendo ingrediente de diversos suplementos vendidos mundialmente. Estudos sugerem que ele pode ser eficaz e seguro para aliviar náuseas e vômitos em certos contextos, embora a pesquisa seja limitada e de pequeno porte.

O gengibre contém compostos bioativos chamados gingerol e shogaol, que atuam bloqueando vias no intestino e no cérebro, impedindo que o “centro de vômito” seja ativado. Além disso, alguns estudos indicam que ele pode acelerar o esvaziamento gástrico, ajudando a reduzir desconfortos digestivos.
Pesquisas demonstram que suplementos com pó de gengibre seco ajudaram a aliviar náuseas em:
- Gestantes (0,5 a 1,5 g/dia), reduzindo a sensação de enjoo, mas não necessariamente o vômito.
- Pacientes em quimioterapia, com 1,2 g de pó consumido do início do tratamento até quatro dias depois, apresentando menos náusea.
- Há evidências limitadas sobre a eficácia do gengibre em náuseas agudas, enjoo de movimento, ressacas ou indigestão crônica. Um estudo de 2023 indicou que ele pode melhorar sintomas de dispepsia funcional, como azia, dor e estufamento.
Formas de consumo e dosagem
O gengibre pode ser consumido de várias maneiras: cru, em temperos, chá, pastilhas ou cápsulas. Entre essas, suplementos oferecem a dosagem mais consistente e confiável, principalmente para quem não aprecia o sabor forte do gengibre.
A dosagem recomendada é de 0,5 g duas vezes ao dia para náuseas relacionadas a condições crônicas ou de curto prazo. Chás e doces podem ajudar, mas geralmente contêm concentrações muito baixas, exigindo consumo maior para efeitos semelhantes aos suplementos.
O gengibre é geralmente seguro, com efeitos colaterais leves, como aumento de arrotos. No entanto, pessoas que usam anticoagulantes, imunossupressores, medicamentos para pressão ou diabetes devem consultar um médico antes de consumir regularmente.
