Risos, música, cores e muita brincadeira tomaram conta do Centro Cultural José Octávio Guizzo no fim de semana dos dias 5 a 7 de setembro. Foi lá que aconteceu o Festival D’água na Peneira – Arte e Cultura para a Primeira Infância, um evento totalmente voltado para bebês e crianças de até seis anos. Durante três dias, cerca de 1.800 pessoas participaram de oficinas, peças teatrais e atividades criativas.
O festival foi o primeiro do tipo em Mato Grosso do Sul e colocou as crianças bem pequenas como protagonistas. Pais, mães e cuidadores se emocionaram ao ver seus filhos descobrindo o mundo por meio da arte.
Oficinas, espetáculos e rodas de conversa mostraram como a cultura pode transformar a infância no estado
A professora de yoga Beatriz Godoy esteve no festival com a filha Olívia. Para ela, a experiência foi única. “A cidade ainda carece de atividades pensadas para os pequenos. Foi emocionante reunir tantas mães, pais e cuidadores para viver a infância de forma tão especial. Minha bebê se divertiu muito — e eu também”, contou.
A atriz Helena Marques também levou o filho de um ano e cinco meses e saiu com a certeza de que fez parte de um momento histórico. “Ele curtiu e se divertiu muito, assim como eu e o pai dele. Fiquei emocionada por proporcionar isso tão cedo. Cresci assistindo espetáculos no Centro Cultural e agora meu filho também pode viver isso. Sinto que ele foi privilegiado por participar do primeiro festival para a primeira infância em Campo Grande”, disse.
Até a equipe do Centro Cultural, que recebeu o evento, ficou impressionada com o resultado. O gestor do espaço destacou “a qualidade da organização e a forma acolhedora como tudo foi feito”.
O projeto foi idealizado por Giulia Schröder, pedagoga e brincante sul-mato-grossense, junto com a produtora cultural Juliana Daher, de Minas Gerais. Para Giulia, o balanço é de puro sucesso. “As oficinas se esgotaram rápido, os espetáculos encantaram o público e, acima de tudo, vimos famílias valorizando o contato das crianças com a arte. Isso me trouxe esperança de que estamos cuidando melhor da nova geração”, afirmou.
Campo Grande carecia de atividades para os pequenos? O festival aponta caminhos
Com apoio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) para a Primeira Infância, o festival teve oito oficinas, seis espetáculos, rodas de conversa com especialistas e até uma exposição de artes visuais. Foi mais do que um evento: foi uma mostra de como a arte pode acolher e transformar a infância em Campo Grande.
