
No combate à gripe, Mato Grosso do Sul tem dado um exemplo ao resto do país. Diante do aumento de casos e mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o estado decidiu, no último dia 13, liberar a vacina da gripe para toda a população a partir dos seis meses de idade — uma medida que agora começa a ser recomendada também pelo Ministério da Saúde para os demais estados.
Até então, a campanha nacional focava nos grupos prioritários: idosos, crianças pequenas, gestantes, profissionais da saúde, da educação e da segurança. Agora, com a liberação da vacinação geral em MS e a resposta positiva da população, a orientação nacional também mudou: qualquer pessoa que procurar uma Unidade Básica de Saúde poderá se vacinar, desde que haja doses disponíveis.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ampliação não tira o foco dos grupos de risco. “Nossa estratégia sempre foi clara: priorizar quem mais precisa. Agora, além de continuar buscando esses grupos, estamos dando um novo passo: autorizar a vacinação de qualquer pessoa que vá ao posto de saúde, desde que tenha dose disponível”, afirmou.
Campo Grande foi uma das primeiras a agir. Antes mesmo do governo estadual ampliar oficialmente a campanha, a prefeitura da Capital liberou a vacinação para todos no dia 27 de abril. No fim de semana do “Dia D” nacional, realizado em 11 de maio, foram aplicadas mais de 8.700 doses só em Campo Grande. No total, MS aplicou 20,8 mil doses durante a mobilização.
Desde o início da campanha, o estado já aplicou 573 mil vacinas contra a gripe, de um total de 764 mil doses recebidas. Em todo o Brasil, mais de 21 milhões de doses foram aplicadas — sendo 1,5 milhão só no Dia D.
Apesar da ampliação, os alertas continuam. Na quarta-feira (21), a prefeitura de Nova Andradina confirmou a morte de uma idosa de 71 anos, vítima de Influenza. Ela não se vacinava desde 2023 e era portadora de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. O caso reforça a importância de manter a vacinação em dia, especialmente entre os mais vulneráveis.
A expectativa agora é que mais estados sigam o exemplo de Mato Grosso do Sul e ampliem a cobertura vacinal, contribuindo para evitar novos surtos e proteger a população como um todo.

