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'SEM CURA'

Descoberta do vírus da Aids completa 32 anos

Relembre as celebridades que morreram em decorrência da doença

23 abril 2016 - 17h30Suelen Morales
Símbolo sexual dos anos 80, a atriz Sandra Bréa foi a primeira mulher a admitir publicamente a doença. Ela morreu em 2000 com câncer de pulmão
Símbolo sexual dos anos 80, a atriz Sandra Bréa foi a primeira mulher a admitir publicamente a doença. Ela morreu em 2000 com câncer de pulmão - Reprodução

A Aids (Acquiered Immune Deficiency Syndrome) é uma doença causada pelo vírus HIV, que mata ou danifica as células do sistema imunológico, destruindo progressivamente a capacidade do organismo em combater infecções provocadas por outros vírus, fungos ou bactérias. Com isso, as células do sistema de defesa do organismo não conseguem corrigir células defeituosas associadas ao surgimento de tumores e câncer.

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Mesmo após ser identificado há 32 anos, o vírus da Aids já matou milhões de pessoas em todo o mundo e ainda não há vacina nem cura para a doença. A prevenção ainda é a única defesa contra ela, embora os coqueteis com novas gerações de remédios venham aumentando sistematicamente a expectativa de vida das pessoas contaminadas. A Aids não é mais uma sentença de morte, mas nem por isso a prevenção deve ser relaxada.

Conheça cinco celebridades que faleceram devido à doença:


Agenor de Miranda Araújo Neto, o 'Cazuza', morreu aos 32 anos vítima de complicações causadas pela Aids.



O vocalista da banda britânica Queen, Freddie Mercury, morreu aos 45 anos de idade, vítima de broncopneumonia (acarretada pela Aids), um dia depois de assumir publicamente ser soropositivo.



O ator Wagner Bello, consagrado no papel do extraterrestre Etevaldo do "Castelo Rá-tim-bum", da TV Cultura, morreu aos 34 anos durante as gravações do programa.



O escritor, jornalista e dramaturgo Caio Fernando Abreu tinha 47 anos quando foi vitimado pela Aids. "Nunca tive vergonha ou neguei. Esta doença é a minha cara. Tem tudo a ver, eu sempre fui tão contemporâneo, sempre estive à frente de tanta coisa. Não podia mesmo morrer de outro jeito. Comicamente está certo. Em nenhum momento fiquei me culpando ou perguntando a Deus - 'Por que comigo, ó Senhor' Que desgraça!", dizia.


Líder da banda Legião Urbana, o músico Renato Russo morreu aos 36 anos após complicações causadas pela Aids. Ele nunca chegou a admitir ser portador da doença.

No ano passado o ator Charlie Sheen, de 50 anos, afirmou que é HIV positivo. A revelação foi feita durante participação no programa de variedades "Today", da emissora americana NBC. "Eu estou aqui para admitir que, de fato, sou HIV positivo", revelou Charlie.

Charlie, astro de filmes como "Wall Street – Poder e cobiça" (1987), "Top gang! – Ases muito loucos" (1991) e da série "Two and a half men".

Histórico da Aids
Os primeiros registros da doença surgiram entre 1977 e 1978, na África, Haiti e Estados Unidos, onde casos raros de pneumonia e câncer, principalmente, chamaram a atenção de médicos das cidades de Los Angeles e Nova Iorque. As teorias mais recentes, discutidas em um congresso nos Estados Unidos em 1999, apostam que o HIV foi transmitido ao ser humano por uma espécie de chimpanzé, possivelmente por meio do sangue que saiu de um arranhão.

Em 23 de abril de 1984, a então secretária de Saúde dos EUA, Margaret Heckler anunciou à imprensa uma importante descoberta científica: a Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida). Naquela época, mais de 4.100 pessoas tinham sido diagnosticadas com a doença e a população buscava respostas.

Diagnóstico
O período médio entre a infecção e o aparecimento dos sintomas vai de oito a 11 anos, mas o vírus pode ser detectado no sangue do paciente já nas primeiras semanas ou no máximo em cerca de seis meses após a infecção. O período entre a infecção e o surgimento dos sintomas varia de pessoa para pessoa. Hoje, há diversos tratamentos capazes de retardar o dano que o HIV faz ao organismo.

Sintomas
A maioria dos infectados não apresenta sintoma algum em curto prazo, mas algumas pessoas podem desenvolver um quadro semelhante à gripe depois de um ou dois meses após contrair o vírus, com febre, dor de cabeça, fadiga, nódulos na garganta e no pescoço. Esses sintomas geralmente desaparecem dentro de um mês, sendo constantemente confundidos com outra infecção viral. No entanto, podem ser listados outros 26 sintomas que caracterizam um quadro clínico de portador de HIV. Os mais frequentes são tosse e falta de fôlego, febre, dificuldade de engolir, confusão mental e esquecimento, diarréia persistente, febre, convulsões, perda de visão, náuseas, dor abdominal e vômito, perda de peso, dor de cabeça severa e coma. As crianças infectadas costumam sofrer retardamento no crescimento e ficam doentes com extrema frequência.

Estatísticas no Brasil
O número de novos casos de Aids no Brasil diminuiu. Em 2014 foram 39.951 notificações da doença. No entanto, o crescimento da epidemia entre os jovens brasileiros ainda preocupa o governo. Entre pessoas com idade de 15 a 24 anos, houve um aumento de 36,5% no número de novos casos de Aids nos últimos dez anos. Só em 2014, o ministério registrou 4.669 notificações da doença, o que configura uma epidemia concentrada nesta faixa etária.

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