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27 de outubro de 2025 - 16h37
NOVEMBRO AZUL

Câncer de próstata tem índice de cura de até 98%, destaca especialista da SBU

Câncer de próstata tem índice de cura de até 98%, destaca especialista da SBU

27 outubro 2025 - 12h30
No início da doença, a chance de cura é alta. Se foi tratado com a doença em estágio mais avançado, a chance é menor, afirmou o urologista.
"No início da doença, a chance de cura é alta. Se foi tratado com a doença em estágio mais avançado, a chance é menor", afirmou o urologista. - (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

A chance de cura do câncer de próstata pode chegar a 98% quando diagnosticado precocemente. A informação é do urologista Gilberto Laurino Almeida, supervisor de robótica da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Segundo ele, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores as chances de sucesso.

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“O resultado depende do estágio da doença e do momento do tratamento. No início, a chance de cura é muito alta”, afirmou Almeida.

Em 2025, a estimativa é de 71.730 novos casos da doença no Brasil. O câncer de próstata é o segundo mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em 2023, o país registrou 17.093 mortes em decorrência da doença, média de 47 por dia.

A SBU lança em breve a campanha Novembro Azul 2025, com o objetivo de conscientizar os homens sobre a importância de cuidar da saúde. “Não é só a próstata. É a saúde do homem como um todo. Para viver mais, o homem precisa se cuidar mais”, destacou Almeida.

A campanha inclui um mutirão de atendimentos que será realizado no dia 12 de novembro, em Florianópolis (SC), durante o 40º Congresso Brasileiro de Urologia. Homens serão avaliados e, em caso de suspeita, encaminhados para biópsia e tratamento.

De acordo com o especialista, entre 85% e 90% dos casos de câncer de próstata são esporádicos, ou seja, sem relação familiar. Por isso, ele recomenda que todos os homens consultem um urologista ao menos uma vez por ano, mesmo sem sintomas. O exame preventivo visa detectar o tumor na fase inicial, quando é altamente curável.

Almeida também comentou sobre a recente inclusão da cirurgia robótica para câncer de próstata no SUS. A técnica, considerada uma das mais modernas, permite maior precisão e menor tempo de recuperação. No entanto, segundo ele, ainda faltam robôs e equipes treinadas na rede pública.

“A decisão foi importante, mas precipitada. A maioria dos hospitais não tem estrutura ou recursos para operar com robôs. A implementação vai levar mais tempo do que os 180 dias previstos”, afirmou.

Ele ainda destacou que, mesmo em hospitais privados conveniados ao SUS, o acesso ao procedimento depende da regularização de insumos e materiais descartáveis, como já ocorreu com outras cirurgias de alto custo.

A cirurgia robótica é semelhante à laparoscopia, mas usa braços mecânicos controlados por um cirurgião a partir de um console. Isso permite uma visão tridimensional ampliada e movimentos mais precisos. Diferente da cirurgia endoscópica, que é feita pela uretra, a técnica robótica é indicada para casos de câncer de próstata localizado, sem metástase, e garante altas taxas de cura.

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