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Mesmo ainda estando no inverno, os dias quentes são rotina e o ar seco característico dessa estação do ano traz uma combinação que favorece o uso do ar-condicionado, porém é necessário tomar cuidados com a limpeza dos aparelhos para evitar a perigosa e fatal, Legionella pneumophila, conhecida como ‘bactéria do ar-condicionado’.

Descoberta nos Estados Unidos em 1976, a Legionella pneumophila é de difícil diagnóstico e, no Brasil, exige tratamento com remédio importado (eritromicina venosa). A bactéria agressiva, capaz de desencadear uma pneumonia grave e de rápida evolução até mesmo em pessoas jovens e sadias, pode ser adquirida em ambientes com aparelhos de ar condicionado que não passam por limpeza.
O microorganismo sobrevive na água dos dutos do ar condicionado e dissemina-se pelo ar, que é inalado no ambiente. A infecção é mortal se não for tratada precocemente.
Dependendo da qualidade do ar, as pessoas ficam sujeitas à Síndrome do Edifício Doente (SED). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a SED consiste em um conjunto de características ambientais que levam de 15% a 30% dos ocupantes do prédio em questão a contrair doenças respiratórias.
O problema da qualidade do ar interior ficou conhecido nacionalmente com a morte do então Ministro das Comunicações Sérgio Motta por insuficiência respiratória em abril de 1998, o que levou a Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde a baixar a Portaria Nº 3523/98, que estabelece normas e periodicidade para a limpeza, manutenção, operação e controle dos sistemas. Em 2000, a Resolução Nº 176/00 estabeleceu as normas para padrões da qualidade do ar interior.
No caso das centrais de ar-condicionado, o aparelho capta ar e o filtra antes de jogá-lo novamente no ambiente. O resfriamento é feito por serpentinas contendo gás refrigerante ou água gelada. Nesse processo, o ar é desumidificado. Em seguida, o ar refrigerado é jogado nos dutos de ventilação por um ventilador centrífugo de alta pressão. O problema, segundo especialistas, é o acúmulo de sujeira nos dutos.
O ar frio paralisa os cílios (pêlos) que revestem as paredes do sistema respiratório e são encarregados de jogar para fora as impurezas que entram junto com o ar que respiramos.
Assim, fungos, mofo, bactérias, vírus e ácaros permanecem no organismo livres para provocar doenças respiratórias de natureza alérgica. As doenças do aparelho respiratório são: sinusite, rinite, otite, amigdalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados.
A limpeza da tela do aparelho de ar-condicionado deve ser realizada pelo menos uma vez ao mês.
