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Em entrevista nesta manhã a rádio Morena FM manhã de hoje (10), o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Sandro Benites afirmou que a pasta está avaliando algumas medidas para conter o avanço dos casos de gripe na Capital, como o uso de máscaras em alguns locais.
Haverá na tarde desta segunda-feira uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para avaliar os casos e o que será feito daqui para frente. “Vamos ter uma reunião às 15h para abordar preventivamente dentro das escolas o uso de máscara em crianças a partir dessa semana”, disse Benites.
Secretário Sandro Benites - (Foto: Arquivo)
Conforme boletim epidemiológico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-CG), nas semanas epidemiológicas de 7 a 11, que compreende de 12 de fevereiro a 18 de março, foi possível observar aumento de internações de crianças de 0 a 9 anos em decorrência de quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
No ano de 2022, houve aumento nas semanas epidemiológicas de 1 a 4, que compreendeu de 02 de janeiro de 2022 a 29 de janeiro de 2022. À época, apesar da evidência do aumento de internações em crianças, a faixa etária mais prevalente foi de 60 a 80 anos ou mais.
Em relação a 2023, foram detectados 32 casos de vírus respiratórios com análise laboratorial, sendo 53% do tipo Vírus Sincicial respiratória. Outros 40,7% identificados como Rinovírus e os demais como Covid-19 e Influenza B.
O aumento dos casos de doenças respiratórias tem provocado uma sobrecarga no serviço de saúde do município. Na Urgência e Emergência houve um crescimento de mais de 30% na demanda.
Em relação as crianças que estão esperando por uma vaga nos hospitais de Campo Grande, Benites informa que não houve alteração se comparado com a semana passada. "Mesmo número de vagas em relação a semana passada. Tivemos um aumento gritante no mês de março com quase 50 crianças esperando por uma vaga em hospital e hoje temos menos de 20", detalha Benites.
Inclusive, como já noticiado pelo portal A Crítica na semana passada, a Santa Casa de Campo Grande comunicou a Secretaria Municipal de Saúde, o Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público Estadual que não iria receber novos pacientes. A decisão foi tomada, segundo o hospital, em razão da superlotação da unidade em situação classificada como "extremamente crítica".
De acordo com dados da Coordenadoria de Urgência (CUR), do dia 01 de janeiro a 19 de março foram registrados 291.665 atendimentos nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quatro Centros Regional de Saúde (CRSs). Destes, 20% são referentes a atendimentos pediátricos, aproximadamente 56,4 mil crianças.
