
Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 33,3% na cobertura vacinal de dTpa gestante (vacina que previne contra coqueluche, difteria e tétano) no ano passado. Em todo o País, a redução média foi de 28%. Os números foram divulgados pelo Programa Nacional de Imunizações obtidos pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) na última quarta-feira (9).

As taxas que se mostravam baixas entre as grávidas do Estado (79,42%), no ano anterior à pandemia de Covid-19, caíram ainda mais em meio à crise sanitária deflagrada pelo novo coronavírus. Em 2020, a cobertura vacinal ficou em 52,92%. A meta para essa imunização é de 95%.
“A vacina dTpa é segura e está disponível a todas as gestantes, em unidades públicas de saúde. A imunização previne complicações gestacionais evitáveis e, principalmente, que o bebê seja infectado num momento em que sua imunização primária não está completa. Nos pequenos, sobretudo, menores de seis meses, a coqueluche, por exemplo, está associada a elevado risco de morte", explica a ginecologista Dra. Cecilia Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo.
Em Campo Grande, 98,66% (10.159) das gestantes tomaram a dose da vacina em 2018. À época, esse público era estimado em 10.296. Ainda naquele ano, foram confirmados sete casos de coqueluche em adultos e 6 em crianças menores de 1 ano. Já em 2019, a Sesau registrou dois casos em adultos e nenhum nos pequenos.
Aplicada a partir da 20ª semana de gestação tem como objetivo principal prevenir a coqueluche em crianças recém-nascidas de 0 a 2 meses de vida. A doença conhecida como “tosse cumprida” é evitável a partir dos anticorpos produzidos pela mãe durante a gestação após a dose da vacina.
