
Cada vez mais pessoas recorrem a chatbots de inteligência artificial (IA) para questões de saúde mental, buscando alternativas a terapeutas humanos. Apesar do potencial, os especialistas alertam que há poucos dados concretos sobre eficácia e possíveis danos, que incluem casos graves de psicose e suicídio.

O acesso a terapeutas humanos é muitas vezes caro ou limitado, o que torna os chatbots de IA uma opção teórica acessível e disponível 24 horas. Alguns estudos iniciais mostram que chatbots podem reduzir sintomas de depressão, ansiedade e transtornos alimentares, como demonstrou o ensaio clínico com o Therabot. Participantes relataram sentir vínculo com a IA, fator importante na adesão à terapia.
No entanto, há limites importantes: os chatbots atuais nem sempre respondem adequadamente a riscos graves de suicídio e podem estimular dependência emocional ou substituição de relacionamentos humanos. Atualizações de software também podem impactar a experiência emocional do usuário.
Especialistas recomendam cautela, observação de sinais de alerta e uso complementar de IA com terapia humana, sempre que possível. Outras alternativas incluem aplicativos de saúde mental testados, programas online de baixo custo e exercícios físicos.
Dicas de segurança:
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Compartilhe com alguém que está usando IA para saúde mental;
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Avalie se a interação é saudável e útil;
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Procure alternativas confiáveis, como terapia humana ou aplicativos testados;
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Busque ajuda imediata em caso de sofrimento intenso.
Recursos de apoio:
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CVV: Atendimento 24h, telefone 188, chat e e-mail;
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Canal Pode Falar (Unicef): WhatsApp para jovens de 13 a 24 anos;
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SUS: Centros de Atenção Psicossocial (Caps);
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Mapa da Saúde Mental: Unidades e atendimentos gratuitos presenciais e online.
