
Dados do boletim mais recente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Dourados, a 250 km de Campo Grande, já foram feitas 1.376 notificações em todas as regiões do município, com 773 casos confirmados e 481 com resultado negativo. Outros 122 exames ainda aguardam resultados. Um óbito foi confirmado como causa a dengue em 2022.

Dados das últimas três semanas, porém, mostram uma tendência de queda. Foram 69 notificações, apenas oito na última semana. Mas isso tem explicação, segundo o médico veterinário Luís Carlos Luciano Júnior, coordenador do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). “É sazonal. Esta época do ano não é a mais favorável ao mosquito da dengue pelas temperaturas mais amenas, que limita seu voo, seu raio de ação. Claro que isso se reflete nos números de notificações e casos que, historicamente, cai neste período”, explica.
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De acordo com Luciano, porém, não é época de abaixar a guarda em relação à dengue, zika e Chikungunya, pelo contrário. “Estamos em estado de alerta. Os ovos do mosquito aedes aegypti, responsável pela disseminação dessas doenças, já foram depositados e eles ficam até 500 dias a espera de água para seguir o ciclo. Quando isso acontece, bastam sete dias para se ter o mosquito em fase adulta”, explica.
Para ele, parceria com a população é fundamental para que os casos de dengue em Dourados caiam. “Toda ação é importante, por mínima que seja. Cada um precisa ser responsável pelo cuidado do próprio imóvel e evitar, por exemplo, descarte indevido de embalagens de alimentos vazias em vias públicas. Esse lixo descartado se torna depósitos propícios para proliferação do mosquito”, completa Luciano.
