
O câncer colorretal é uma das formas mais comuns da doença no Brasil, sendo o terceiro tipo mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ele atinge o intestino grosso e o reto, geralmente iniciando com o surgimento de pólipos, pequenas lesões benignas que, com o tempo, podem se transformar em tumores malignos.

A boa notícia é que, quando descoberto ainda nas fases iniciais, esse tipo de câncer tem até 90% de chances de cura, o que reforça a importância da detecção precoce por meio de exames de rotina, como a colonoscopia.
A colonoscopia permite a visualização do interior do intestino grosso e do reto por meio de uma câmera. É o principal exame utilizado para identificar alterações que possam evoluir para câncer.
Segundo o cirurgião oncológico da Unimed Campo Grande, Cezar Augusto Galhardo, o exame tem um papel essencial não só no diagnóstico, mas também na prevenção. "Se for encontrado algum pólipo ou outra lesão suspeita, o procedimento pode incluir a remoção do pólipo ou a realização de uma biópsia, ajudando a evitar que eles se desenvolvam em câncer", explica o especialista.
Preta Gil foi vítima da doença. Ela não registiu a agressividade do tumor - (Foto: Reprodução)
O tratamento do câncer colorretal varia conforme o estágio em que a doença é identificada. Em fases iniciais, a cirurgia para retirada do tumor pode ser suficiente. Nos casos mais avançados, quimioterapia e radioterapia podem ser necessárias antes ou depois da cirurgia. Em situações de metástase, o tratamento tem foco na estabilização da doença e na melhoria da qualidade de vida do paciente, ainda que não represente cura definitiva.
Por ser uma doença silenciosa nos estágios iniciais, os sintomas geralmente aparecem apenas quando a condição já está mais avançada. Em fases iniciais, podem ocorrer anemias ou diarreias inexplicadas. Já nos estágios mais graves, surgem alterações no ritmo intestinal, sangramento nas fezes, dores abdominais e fadiga.
Por isso, a atenção a mudanças no corpo e a realização de exames periódicos são fundamentais para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
Prevenção começa com rotina saudável e exames a partir dos 45 anos - O câncer colorretal atinge principalmente homens e mulheres a partir dos 45 anos, além de pessoas com histórico familiar da doença. Para esse público, a realização da colonoscopia preventiva é essencial.
O médico destaca ainda que a prevenção também passa por escolhas no dia a dia. “Além do exame de rotina, a prevenção desse tipo de câncer se dá através de hábitos de vida saudáveis: alimentação balanceada, com boa ingesta de frutas, verduras e grãos, além de carnes e proteínas variadas, evitando sempre embutidos e processados (salsichas, salames e presuntos), ter uma rotina de atividade física regular, pelo menos duas a três vezes por semana, e a realização da colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos”, orienta o médico.
A mensagem final é clara: exames preventivos e hábitos saudáveis podem evitar ou identificar precocemente o câncer colorretal, aumentando consideravelmente as chances de cura. Ficar atento aos sintomas e manter uma rotina de cuidados com a saúde é fundamental para detectar a doença ainda em seu estágio inicial.
