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tce novembro
SAÚDE

Capital integra pesquisa nacional sobre obesidade e vulnerabilidade social

Oficina promovida pelo MDS ouviu moradores da Campo Grande sobre desafios alimentares e busca orientar políticas públicas mais justas e eficazes

4 novembro 2025 - 09h15Redação
Oficina em Campo Grande reuniu usuários da Rede de Assistência Social para discutir desafios e soluções no enfrentamento da obesidade
Oficina em Campo Grande reuniu usuários da Rede de Assistência Social para discutir desafios e soluções no enfrentamento da obesidade - (Foto: Divulgação)
Terça da Carne

Com o objetivo de promover sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SAS) de Campo Grande participou de uma oficina do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) voltada a pessoas em situação de vulnerabilidade.

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A atividade integra a pesquisa “Desigualdades sociais, obesidade e estigma: prevalência, vulnerabilidade e repercussões na vida”, que faz parte da nova Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade, do Governo Federal. O estudo é coordenado pela professora Erika Cardoso dos Reis, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e financiado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN/MDS).

Campo Grande foi uma das cinco capitais escolhidas para sediar as oficinas de escuta, realizadas na faculdade Estácio de Sá, com a participação de 22 usuários da Rede de Assistência Social e da Educação. O encontro teve como foco ouvir experiências e dificuldades de pessoas em vulnerabilidade que vivem com obesidade, buscando compreender como fatores sociais e ambientais influenciam a saúde e os hábitos alimentares.

“Nossa orientação é ouvir mais as pessoas. Precisamos entender o cotidiano e os desafios desses indivíduos para que as políticas públicas façam sentido para a realidade deles”, explicou a professora Erika Cardoso.

A técnica da SESAN, Mariana Jardim, reforçou que a obesidade deve ser tratada como questão social, e não apenas individual.

“Ela envolve o ambiente, o cuidado recebido e o estigma. A partir dos questionários aplicados, o Governo Federal vai elaborar um plano de ações para orientar estados e municípios na prevenção da obesidade em públicos vulneráveis”, destacou.

A participação da SAS complementa o trabalho contínuo de promoção da saúde e bem-estar desenvolvido nas unidades da rede municipal, como CRAS, CCI’s e Centros de Convivência, que estimulam hábitos saudáveis e atividades físicas entre os usuários. “A Assistência Social tem papel essencial na construção de ambientes alimentares e urbanos mais saudáveis, garantindo segurança alimentar e nutricional para as populações mais vulneráveis”, afirmou a secretária-adjunta da SAS, Inês Mongenot, que acompanhou a oficina.

Dados nacionais mostram que 61,4% dos adultos nas capitais brasileiras têm excesso de peso e 24,3% estão obesos, com índices mais altos entre pessoas com menor escolaridade — um cenário que reforça a urgência de políticas públicas integradas.

Também participaram da atividade a superintendente de Gestão do Suas, Marcilene Rodrigues, e profissionais da Central de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura.

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