
A cidade de Campo Grande inaugura, nesta terça-feira (22), às 8h, a primeira sala destinada ao atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Localizada na UPA Universitário, na Avenida Gury Marques, a nova estrutura é parte do projeto TEAcolher, que busca implantar salas especiais em unidades de urgência da capital sul-mato-grossense para proporcionar um acolhimento mais humanizado e sensível.
Ambiente adaptado e capacitação profissional - O espaço foi projetado com uma decoração e estrutura específicas para garantir um ambiente tranquilo e adaptado às necessidades sensoriais de pacientes autistas. A proposta é proporcionar um atendimento que minimize o estresse e promova uma experiência mais confortável para essas pessoas e suas famílias.
Os profissionais que atuarão na sala receberam capacitação especial para entender e lidar com as demandas específicas do público com TEA, garantindo um suporte adequado e inclusivo. "A sala TEA na UPA Universitário representa um avanço significativo no cuidado e na atenção às pessoas com autismo em nossa cidade, promovendo um ambiente acolhedor e seguro para os atendimentos de urgência", afirmou a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite.
Compromisso com a saúde e inclusão - O projeto TEAcolher, promovido pela Prefeitura de Campo Grande, reflete um compromisso com a saúde e bem-estar da população, especialmente no que diz respeito ao atendimento de pessoas com deficiências ocultas, como o TEA. "Nossa prioridade é oferecer um serviço de saúde que respeite e entenda as necessidades dos nossos pacientes, criando um espaço onde eles se sintam acolhidos e compreendidos", destacou Ana Cangussu, coordenadora da Rede de Urgência Municipal.
Base legal e acessibilidade - A iniciativa é amparada por legislações federais, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.º 13.146), que garante o acesso prioritário a serviços públicos de emergência. Além disso, leis recentes, como as n.º 14.624 e n.º 14.626, que instituíram o uso do cordão de girassol como símbolo para pessoas com deficiências ocultas, reforçam a necessidade de um atendimento adaptado e humanizado. Esse símbolo, amplamente utilizado para identificar pessoas com necessidades especiais não visíveis, será parte da política de acolhimento nas unidades de saúde de Campo Grande.
