
O corredor externo do Camelódromo de Campo Grande foi palco, neste sábado (9), do Dia D Municipal de Combate às Arboviroses, iniciativa que integra a programação de aniversário dos 126 anos da cidade. Organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), o evento reuniu equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) e parceiros para reforçar a prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Durante a ação, o público recebeu orientações sobre eliminação de criadouros, manejo correto do lixo e riscos da água parada, que pode acumular até em uma tampa de garrafa. Estandes educativos, exposição de vetores, blitz de conscientização e panfletagem fizeram parte da programação.
Segundo o coordenador da CCEV, Marcos Luiz Oliveira, o combate deve ser constante: “Um único recipiente com água parada pode ser o suficiente para o mosquito se desenvolver e transmitir doenças. É um trabalho diário e coletivo, que começa dentro de casa”.
Representando a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, o secretário-adjunto Aldecir Dutra reforçou que a maior parte dos focos está nas residências. “Pesquisas mostram que 95% dos criadouros estão nos quintais. Não é só uma data no calendário, todo dia é dia de combate à dengue”, afirmou.
A prefeita Adriane Lopes destacou que Campo Grande está há cinco anos sem registrar epidemia, graças ao trabalho dos agentes de combate às endemias. “O Dia D é também um momento de reconhecimento e união de forças para manter nossa cidade segura”, disse.

O evento também homenageou 19 agentes que se destacaram na prevenção e contou com a presença de representantes do Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Metropolitana, Exército, Polícia Militar, Receita Federal e outras instituições. Houve ainda apresentações culturais.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SESAU, Veruska Lahdo, alertou para o crescimento dos casos de chikungunya. “Precisamos manter a vigilância e as ações o ano todo, fortalecendo a participação comunitária para interromper o ciclo do mosquito”.
Situação epidemiológica
De acordo com o último boletim da Sala de Situação de Arboviroses (Semana Epidemiológica 31), Campo Grande registrou, em 2025, 3.505 notificações de dengue, sem casos graves, um óbito confirmado e 95% dos focos dentro das residências. Foram confirmados 230 casos de chikungunya, sem óbitos, e não houve registro de zika. Entre os bairros com risco muito alto estão Cabreúva, Tarumã, Cohpavila II, Centro, Guanandi, Caiobá, Cruzeiro e Alves Pereira.
As ações de controle vetorial incluíram vistoria em 137.165 imóveis e aplicação de 42,84 litros de inseticida. A vacinação contra a dengue segue disponível nas unidades de saúde para o público-alvo.
