
A Prefeitura de Campo Grande atualizou a Remune (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais) que vai orientar o abastecimento das unidades de saúde da rede municipal em 2026. A lista, oficializada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) no Diogrande desta terça-feira (30), traz inclusão de novos remédios, retirada de fármacos em desuso e ampliação do acesso em toda a cidade.
Entre as principais novidades estão o Bissulfato de Clopidogrel 75 mg nas UPAs e CRSs, para síndromes coronarianas agudas, e dois medicamentos voltados à saúde da mulher: Carbonato de Cálcio 500 mg, para prevenção de pré-eclâmpsia, e Cloridrato de Hidralazina 25 mg, para controle da pressão arterial em gestantes. O Ácido Fólico em gotas passa a ser ofertado para crianças e gestantes como estratégia de combate à anemia.
A saúde mental também foi reforçada, com a inclusão de Sertralina 50 mg e Ácido Valproico 250 mg em unidades básicas que contam com farmacêuticos. Já o antibiótico Levofloxacino 500 mg entra na rede para tratar pneumonia e infecções urinárias complicadas. O Cloridrato de Ondansetrona foi incorporado como opção mais moderna para controle de náuseas e vômitos.
Por outro lado, alguns medicamentos foram excluídos. A Ranitidina saiu da lista em cumprimento à determinação da Anvisa, que suspendeu a comercialização. A Metoclopramida em comprimido foi substituída por Ondansetrona e Bromoprida devido a efeitos colaterais conhecidos como reações extrapiramidais. Colírios de Dexametasona específicos e o antibiótico injetável Sulfametoxazol + Trimetoprima deixaram a relação após sucessivos “pregões desertos” e foram trocados por alternativas terapêuticas de aquisição mais viável.
Também foram retirados medicamentos sem evidência científica robusta segundo a Conitec, como a associação Diosmina + Hesperidina. Ao mesmo tempo, a prefeitura ampliou o acesso a itens que já existiam na rede: Aciclovir 200 mg, Gliclazida (para diabetes) e diferentes dosagens de Levotiroxina (para tireoide) passam a ser padronizados para todas as unidades de saúde.
A Remune é revisada a cada dois anos, com base na lista nacional do SUS, para alinhar o estoque municipal às necessidades da população e às evidências mais atuais de segurança e eficácia.

