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SAÚDE PÚBLICA

Brasil registra 37 casos de sarampo em 2025, mas mantém status de país livre da doença

Ministério da Saúde reforça ações de vacinação e bloqueio epidemiológico; maior parte dos casos é importada

12 novembro 2025 - 12h45
Brasil tem 37 casos de sarampo, mas ainda é área livre da doença
Brasil tem 37 casos de sarampo, mas ainda é área livre da doença - (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Brasil contabiliza 37 casos de sarampo em 2025, segundo o Ministério da Saúde. Apesar do aumento recente, o país segue com o certificado de eliminação da doença, já que não há registro de circulação endêmica do vírus em território nacional. A maior parte das infecções tem origem importada, especialmente da Bolívia, país vizinho que enfrenta surtos da doença.

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As ocorrências foram registradas em sete estados: Distrito Federal (1), Rio de Janeiro (2), São Paulo (1), Rio Grande do Sul (1), Maranhão (1), Mato Grosso (6) e Tocantins (25). Os dois focos principais estão em Campos Lindos (TO) e Primavera do Leste (MT), onde os casos foram desencadeados pela entrada de pessoas contaminadas vindas da Bolívia.

Intervenção rápida e vacinação em dia - Assim que os casos foram identificados, o Ministério da Saúde atuou em conjunto com secretarias estaduais e municipais de saúde, com medidas de contenção como rastreamento de contatos, bloqueio vacinal e monitoramento das áreas afetadas.

“O Brasil acredita na ciência, e por isso a vacina está disponível gratuitamente para toda a população de 12 meses a 59 anos. Estamos empenhados em evitar a reintrodução do vírus no país”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Cobertura vacinal ainda abaixo da meta - Apesar dos esforços, os índices de vacinação ainda estão abaixo da meta preconizada de 95% para as duas doses. Em 2024, o país atingiu essa cobertura apenas na primeira dose. Já a segunda dose ficou em 80,43%. Em 2025, os dados preliminares apontam 91,51% de cobertura na primeira aplicação e 75,53% na segunda, dentro do público infantil.

A vacina contra o sarampo faz parte do calendário básico do Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira dose é dada aos 12 meses com a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a segunda, aos 15 meses, com a tetraviral (que inclui proteção contra varicela/catapora).

Sarampo nas Américas preocupa Opas - A situação epidemiológica brasileira foi apresentada recentemente à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que reconheceu os esforços do Brasil para manter o controle da doença. No entanto, o órgão retirou o certificado de eliminação do sarampo das Américas após confirmação de circulação endêmica no Canadá por mais de 12 meses.

Entre janeiro e novembro de 2025, as Américas somaram 12.596 casos confirmados de sarampo em dez países, número 30 vezes maior que o de 2024. Desse total, 95% se concentram no Canadá, México e Estados Unidos.

Vacinação reforçada nas fronteiras - Em resposta ao risco de reintrodução, o Ministério da Saúde intensificou a vacinação em áreas de fronteira, especialmente nos estados do Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Entre julho e outubro, quase 126 mil doses foram aplicadas nessas regiões. Além disso, o Brasil doou 640 mil doses à Bolívia, como forma de conter a disseminação regional da doença.

O Pará, que se prepara para sediar a COP 30 e tem recebido um grande fluxo de pessoas de diversos países, também ampliou suas ações. Desde o início do ano, mais de 351 mil doses da vacina foram aplicadas no estado.

Recomendação: manter o cartão de vacinação atualizado

O Ministério da Saúde orienta que qualquer pessoa com até 59 anos que não tenha o esquema vacinal completo procure uma unidade de saúde para atualização da carteira de vacinação. A recomendação vale especialmente para quem mora ou vai viajar para regiões de fronteira ou áreas com baixa cobertura.

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