Em Mato Grosso do Sul, a Lei Estadual 4.541/2014, de autoria dos deputados Zé Teixeira (PL) e Mara Caseiro (PSDB), e da ex-deputada Dione Hashioka, oficializou o Outubro Rosa no calendário estadual, dedicando o mês à prevenção e à promoção da saúde da mulher.
“A legislação foi criada para incentivar campanhas de conscientização e integrar ações conjuntas entre órgãos públicos e entidades da sociedade civil”, explica a deputada Mara Caseiro.
O deputado Zé Teixeira ressalta o caráter educativo da norma: “O Outubro Rosa desperta o olhar de cuidado e solidariedade diante de uma doença tão cruel, além de envolver estudantes e instituições em projetos sociais que fazem a diferença.”
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células na mama, que podem se espalhar para outros órgãos. Quando detectado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%. O SUS oferece todo o tratamento, incluindo cirurgias, radioterapia, quimioterapia e reconstrução mamária. Pela Lei Federal 12.732/2012, o início do tratamento deve ocorrer em até 60 dias após o diagnóstico.
Em Campo Grande, a Associação Amor em Rede, criada em 2023, atua na Santa Casa, oferecendo apoio social e emocional a pacientes em tratamento oncológico.
“O Outubro Rosa precisa durar o ano inteiro. O autoexame é importante, mas o essencial é conhecer o próprio corpo e procurar o médico sem demora. Prevenção é amor-próprio”, afirma Jussimara Mota, presidente da entidade.
A professora doutora Érika Kaneta Ferri, da UEMS, descobriu um nódulo em 2023 e foi diagnosticada com câncer de mama. Após três cirurgias e tratamento contínuo, ela afirma ter redescoberto o valor da vida: “O diagnóstico precoce me deu esperança. Quero dizer a todas as mulheres: se observem e se cuidem. O amor próprio salva vidas.”
Já a servidora Telma Regina Justi, 57 anos, enfrentou uma mastectomia total em 2021 após descobrir predisposição genética. “O medo existe, mas o cuidado nos fortalece. A dor passa, mas a vida continua.”
A oncoinfluencer Eliza Montes, 42 anos, segue há três anos em tratamento contra um câncer metastático. “Reverberar a importância do diagnóstico precoce é salvar vidas. O câncer de mama no início é silencioso, e a mamografia anual é fundamental”, alerta.
O médico Fabrício Colacino, doutor em Medicina Oncológica pela Unifesp, reforça que o Outubro Rosa é um dos maiores movimentos de saúde pública do mundo: “O diagnóstico precoce representa menos sofrimento, menos sequelas e mais vida.”
A ALEMS destaca que a conscientização é o primeiro passo para a prevenção e segue apoiando ações educativas durante o mês de outubro — lembrando que falar sobre o câncer de mama é um ato de amor e de cuidado que pode salvar vidas.
