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Aumento de casos de dengue no Brasil chama a atenção

Infectologista lembra que além da dengue, Aedes aegypti pode transmitir outras doenças

22 abril 2022 - 11h07
Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue
Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue - (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde divulgou recentemente um boletim epidemiológico mostrando que no Brasil houve um aumento de 95% de casos de dengue em relação ao mesmo período de 2021. Além disso, Mato Grosso do Sul ocupa a 10ª posição no ranking nacional entre os estados com maior incidência de casos prováveis de dengue, conforme dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde.

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Sabemos que a combinação de altas temperaturas e grandes volumes de chuva é perfeita para a infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, mas apesar do calor estar mais ameno nos últimos dias, o aumento de casos chama a atenção.

“Nos primeiros meses do ano houve foco nas medidas de prevenção a doenças respiratórias devido à Covid-19, como a higienização das mãos, o uso de máscaras, e as ações de controle do vetor, muito provavelmente, não foram tão eficazes. Com isso, os cuidados nas residências ou locais propícios para a proliferação do Aedes aegypti ficaram mais esquecidos gerando aumento de casos de dengue”, ponderou o infectologista da Unimed Campo Grande Dr. Maurício Pompilio.

Sentindo muita dor no corpo e na região dos olhos, além febre, a administradora Ana Carolina Mazzei Rabelo, de 41 anos, procurou atendimento médico achando que estava com Covid-19. “Como estava tendo muitos casos de Covid na época, achei que estava com a doença, então procurei atendimento médico bem rápido, mas a médica que me atendeu no Hospital da Unimed logo desconfiou de dengue porque meu pulmão estava limpo e eu não tinha coriza. Fiz o teste Covid, além de outros exames que detectaram a dengue”, conta.

Ana Carolina procurou atendimento no segundo dia de sintomas e precisou tomar soro, pois ficou bastante debilitada. “Tive dengue uns 12 anos atrás, mas essa vez foi muito mais forte, precisei tomar soro por vários dias para hidratar e me recuperar”.

Vale lembrar que o Aedes aegypti é também transmissor de outras doenças, como a zika, chikungunya e febre amarela, doenças conhecidas como arboviroses. Por isso, neste momento, os cuidados necessários para mantê-lo longe precisam ser reforçados, e o principal cuidado para isso é não deixar água parada.

Doutor Maurício reforça que é preciso estar atento a alguns sintomas. “Se o paciente apresentar sinais de alarme, como dor abdominal, vômitos, queda de pressão, sensação de desmaio, qualquer forma de sangramento ou tenha comorbidades, é preciso procurar atendimento médico, para que o especialista prescreva tratamento adequado”, destaca.

Para saber mais sobre cuidados, sintomas e tratamentos da dengue e outras arboviroses, acesse https://bit.ly/cartilha-arboviroses e confira a cartilha preparada pela Unimed do Brasil.

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